domingo, 19 de junho de 2011

Como entender ou será que é para entender?

Todos sabemos que os recursos públicos são fiscalizados por um Tribunal de Contas e que existe uma Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, teoricamente não era para existir desvios, manipulações contábeis ou deficit´s orçamentários. Entretanto, diariamente somos surpreendidos com notícias de que o Estado do Rio Grande do Norte está  "quebrado", que não pode atender as reivindicações das categorias funcionais que trabalha para o Estado potiguar. Quem é o verdadeiro responsável por isso? Se o Estado já não consegue cumprir com suas obrigações orçamentárias é porque alguém utilizou da irresponsabilidade em benefício próprio para se perpetuar no poder, caso contrário, a irresponsabilidade é de quem está jogando para a platéia e fazendo caixa para anunciar novas obras que se transformarão em vertedouro de votos futuros. Não estou acusando ninguém e nem apontando o dedo para quem quer que seja, mas os únicos inocentes nessa história esquisita somos nós, os contribuintes estaduais que vimos diariamente os nossos recursos financeiros indo para o ralo  através dos impostos arrecadados nos alimentos que compramos, nos combustíveis que utilizamos e nas diversas taxas e tributos que pagamos. Por mais orgãos fiscalizadores que sejam criados nada impede essa sangria, pois quando vai existir a punição para os administradores desastrados, o seu período de poder já passou. Então a velha história se repete: quem entra vem com o velho discurso do retrovisor na tentativa de "reconstruir" o que o antepassado deixou e quem sai fica acusando o novo administrador de incompetência por não "saber gerenciar problemas". As verdadeira raízes dessa postura cultural e centenária brasileira: a ausência de reformas na política e no código penal que continuam sendo emperrados por uma elite legislativa que representam os verdadeiros mandatários do País.

Valdeci dos Santos Júnior

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