domingo, 2 de junho de 2013

Rapidinhas domingueiras....

Hoje é domingo
Pede cachimbo
o cachimbo é de barro
Bate no jarro
o jarro é fino
Bate no sino
O sino é de ouro
Bate no Touro
é valente
Bate na gente
A gente é fraco
Cai no buraco
O buraco é fundo
Acabou-se o mundo





O Maomé na visão do matuto....

Minha história é muito grande;
e dela conto só um pedaço.
E não me peça mais que isso;
pois sou velho e logo me bate o cansaço.

Tem muié nessa conversa;
vou logo dizendo.
Começo então pela minha senhora;
E sua história vou trazendo.

Khadija era uma senhora;
cheia de formosura.
Além de rica, era desenrolada;
virada em diabrura.
Já eu era um beduíno fei;
que nem uma mula.
Mas a esperteza era minha amiga;
e me ajudava no comércio.
Caba macho que nem eu;
não tinha nenhum exército;
Andava nas lonjura dos deserto;
debaixo de sol e areia.
Fazendo comércio, trocando produto;
até que a vida me presenteia.

Minha fama crescia como bom trabalhador.
Viajado e experiente, não negava expediente.
A senhora se chegô, contratou o serviço.
Axemita que era, não deixei pra ninguém;
conversa vai, conversa vêm;
terminou sendo ela;
a primeira do meu harém.

Patente não tinha;
dinheiro tão pouco.
Mas casado com Khadija;
tratei de viajar um pouco.
Aplicando sua riqueza;
no meu conhecimento.
Levei chuva, tomei vento;
conheci turmas, tribos e templos.
E prosiando um pouco lá e um pouco cá;
conheci credos e crenças por exemplo.
Com 40 anos eu estava quando ele apareceu.
Era alto, bonito e brilhava mais que um camafeu.
Olhou pra mim de cima a baixo;
medindo cada um de meus passo.
E como um rei ordenou-me recitar.
O corpo sacudiu, a boca tremeu e os verso saiu.

Fui contar a todos a novidade,
uma missão nova eu tinha.
Levar a fé, prosperidade e conhecimento.
Alguns taxaram –me logo de doido,
mas muito ouviram meu argumento.
Quando afirmei que só Allah,
era o rei do firmamento.

Sei que fiz a coisa certa,
Mas não calculei o ribuliço.
Só porque eu dizia que a coisa toda tava errada;
onde já se viu fé em um monte de deus omisso.
Pois o pau comeu no comeu no centro,
Facada, grito, dor e lamento.
Fugi de Meca debaixo de pau e vento.
Chegando em Yatreb,
comecei eu o tormento.
Invadi a Caaaba, destruí todo o templo;
e disse alto para todos ouvirem:
“Que Allá é o cara, e eu o represento”.
De Medina fiz minha casa,
e do monoteísmo meu argumento.

As pessoas simples logo se aproxegaram,
pois o corão era para elas um acalento.
Já os mais rico e poderoso,
num gostaro da minha reza.
Trataro logo de impatá;
butando terra com muita pressa.
Para uns levei a palavra;
e um pouco de convencimento.
Pros que me dero trabalho;
levei a espada e deles só escutei o lamento.

O Islã ganhou o mundo,
e virou modo de vida.
E mesmo após a minha morte,
não deixou de ser querida.
Se espaiô feito rastro de poiva;
conquistando povos e gentes sem medida.

Na África lutou;
Na Ásia conquistou;
Na Europa morou;
E na França so não entrou,
porque Carlos Martel
Caba macho que era;
O expansionismo segurou.
Num renego nada do que fiz.
Em muitos aspectos;
fui até muito feliz.
Conheci, cresci e aprendi.
Lutei e amei.
E muito me arrependi
das coisas erradas que fiz.
E das vezes que me perdi.

Meu único tormento,
que me leva a este lamento.
É saber que mesmo depois de tanto tempo;
ainda há sofrimento sem acalento

E que as guerras ainda são
uma constante infelizmente.
E tão cedo não vejo o fim
deste conflito intermitente.
Que tanto maltrata a alma
humana,
e enfraquece o coração da gente.

                            Tristeza do Jeca - Paula Fernandes - Renato Teixeira - Sérgio Reis


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