sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Rapidinhas da sexta...

Aécio Neves vence disparado o debate do SBT.... 

Se o debate da Band foi equilibrado — achei que o tucano Aécio Neves se saiu melhor porque, ao menos, tentou apresentar propostas —, o embate travado nesta quinta, promovido pela Jovem Pan, pelo UOL e pelo SBT, foi bem desequilibrado: o domínio esteve com Aécio durante quase todo o tempo. É a velha história: o ouvinte/telespectador decide quem ganhou e quem perdeu. Eu me limito a falar do desempenho de cada um.  As táticas de Dilma para desestabilizar o adversário não funcionaram e, convenham, ele acabou vencendo no contra-ataque. Se será essa a avaliação majoritária do eleitorado, não sei. Dilma voltou a criticar a gestão de Aécio em Minas e a desfilar
números supostamente ruins das gestões tucanas. Ele contestou, claro!, e seria infindável entrar aqui nas minudências, mas encontrou duas armas que me pareceram muito eficazes: lembrou que já está à frente dela em Minas — e as pesquisas vão demonstrá-lo — e sugeriu que a petista deixe o povo mineiro em paz, que pare de tentar degradar o Estado. A petista sentiu o golpe e tentou se explicar: estava criticando o candidato, não os mineiros. Acabou fincando na defensiva.  O debate serviu para deixar claro que o PT não terá nenhum receio em avançar para o campo pessoal. Dilma tentou ser sutil e perguntou o que o tucano pensava sobre a Lei Seca. Ele acertou ao se antecipar, desafiando Dilma a ter “coragem para a fazer pergunta direta”. E emendou: “Eu tive um episódio, sim, e reconheci. Eu tenho uma capacidade que a senhora não tem. Eu tive um episódio que parei numa [blitz da] Lei Seca porque minha carteira
estava vencida e, ali naquele momento, inadvertidamente, não fiz o exame e me desculpei disso.” E afirmou que era diferente de sua oponente, que nunca reconhece os próprios erros. E concluiu: “A senhora caminha para perder essas eleições pela incapacidade que demonstrou inclusive de respeitar os seus adversários”.   Fosse uma luta de boxe, Dilma teria levado um direto no queixo ao acusar o Aécio de empregar Andrea Neves, sua irmã, no governo — ela atuou no Fundo de Solidariedade de Minas, uma atividade não-remunerada. O tucano esperou que a adversária fizesse um belo salseiro a
respeito e disparou:  “Candidata, a senhora conhece o senhor Igor Rousseff? Seu irmão, candidata! Não queria chegar a esse ponto. O seu irmão foi nomeado pelo prefeito Fernando Pimentel no dia 20 de setembro de 2003 e nunca apareceu para trabalhar. Essa é a grande verdade. Lamento ter que trazer esse tema aqui. A diferença entre nós é que minha irmã trabalha muito e não recebe nada. Seu irmão recebe e não trabalha nada. Infelizmente, agora, nós sabemos por que a senhora diz que não nomeou parentes no seu governo. A senhora pediu que seus aliados o fizessem.”  Sem resposta, Dilma tartamudeou: “A sua irmã e meu irmão, eles têm que ser regidos pela mesma lei. Eles não podem estar no governo que nós estamos. O nepotismo, eu não criei”. Acho que ela quis dizer que não é nepotismo quando um aliado contrata o parente de um 
político. É, sim: chama-se “nepotismo cruzado”. E, claro, entre trabalhar e não receber e receber e não trabalhar, só uma das duas práticas lesa os cofres públicos.  De resto, encerro relembrando aquela que foi a barbaridade da noite: para Dilma, uma inflação de 3% no Brasil só é possível com uma taxa de desemprego de 15%. É uma das maiorias abobrinhas ditas sobre economia nos últimos tempos. Só que é uma abobrinha brava, do tipo perigosa. Segundo a sua lógica perturbada, a inflação deve continuar alta para que não haja desemprego.  Eis aí uma derrota, antes de mais nada, intelectual. Dilma escolheu um confronto no ringue, não numa arena de debates. E perdeu. Até petistas ficaram desanimados. Se será essa a impressão do eleitor, não sei. Quem tem bola de cristal  são os institutos de pesquisa. Falo do que vi e ouvi. (Reinaldo Azevedo).


Obs do blog: Acompanhei todo o debate do SBT e o que me pareceu é que o Aécio Neves demonstrou segurança nas respostas durante todas as perguntas, mesmo aquelas mais espinhosas que lhe colocavam no fundo da arena de combate. Queria falar sobre o presente e o futuro, e Dilma insistia em falar sobre o passado de 12 anos atrás. Dilma não respondeu sobre o descontrole da inflação e fugiu pela tangente sobre o tema corrupção tentando contra-atacar insinuando envolvimento também do PSDB. Aécio foi habilidoso ao dizer que tudo deve ser apurado e punido, doa a quem doer, inclusive se houver pessoas do seu próprio partido. Mas o ponto alto do debate foi quando Dilma tentou baixar o nível da campanha (orientada pelo seu marqueteiro - haja vista que ela estava com um  ponto eletrônico no ouvido) fazendo uma pergunta sobre a lei seca no país, onde todos sabem que Aécio
Neves foi parado há dois anos numa blitz no Rio de Janeiro onde estava com a carteira de habilitação vencida e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Aécio Neves argumentou que já tinha pedido desculpas publicamente pelo erro, mas que tinha coragem de admitir seus próprios erros, enquanto a Dilma, mesmo com o fracasso da política econômica de seu governo não admite seus próprios erros. Ali ele ganhou o debate. No final do debate deu para se perceber que a Dilma não tem consistência nas respostas, gagueja na formulação das frases e soltou uma pérola que deixou os economistas de queixo caído: " se a inflação baixar para 3% a taxa de desemprego sobre para 15%". Com uma afirmação aberrante dessas eu começo a entender agora o porquê do Brasil estar com uma taxa de crescimento zero e a inflação estar nas alturas. Chega de aventuras e experimentações malucas desse tipo. Hoje Aécio vence em todas as regiões do país e cresce até mesmo na única região onde ainda está atrás da Dilma, no Nordeste tradicional curral eleitoral do PT devido ao Bolsa-Família.

Curtinhas....

 A revoada aumenta a cada dia...

A revoada de apoios de prefeitos e lideranças municipais em todo o Estado do Rio Grande do Norte que estavam com Henrique Alves nas últimas 48 horas para Robinson Faria decorre do óbvio que a pesquisa IBOPE mostrou com uma maioria de 8 pontos percentuais na frente o que dá uma maioria de 160 mil votos. Isso deixa qualquer prefeito de orelha em pé pois sabe que não é bom ter um governo estadual adversário. Não se escuta falar de qualquer adesão ao contrário, ou seja, para o lado de Henrique. Com essa onda favorável para a campanha de Robinson a tendência é que essa vantagem se amplie ainda mais nos próximos dias.


 Enquanto isso em Baraúna..na lei do chicote...ou dá ou desce...

As reclamações nos bastidores em Baraúna aumentam com a pressão do secretário morde-assopra (aquele que agora é 15 mas que dizia no passado recente que não se juntava de "jeito nenhum" com "bandidos e marginais") que fica ligando para as pessoas pressionando-as a voltar ao trabalho caso contrário perde benefícios e/ou empregos dados à família. Ontem quatro funcionários reclamavam dessa postura e inclusive três deles que iriam votar no 15 espontaneamente mudaram seu voto para o 55 silenciosamente....assim como foi a maioria de Robinsom Faria em Baraúna...silenciosos e terríveis 1.668 votos de maioria...

                                                             Pedágio - Moacir Franco


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