Os recentes casos de assassinatos e assaltos constantes em Baraúna reflete apenas a total insegurança da sociedade, a certeza da impunidade e a fragilidade de nossa polícia. O Banco do Brasil já foi assaltado várias vezes (sendo que na última vez explodiram a agência), a empresa dos correios virou uma freguesia, ninguém tem mais segurança de nada, e o nobre leitor desse blog excomungado fica apenas rezando para não ser o próximo número de vítimas das estatísticas municipais. Um município fronteiriço com quase 30.000 habitantes, parque fruticultor, com empresas produtoras de cimento em nível nacional, ter um efetivo policial de apenas 08 soldados e 01 carro. Quantas vezes vivenciei discursos patéticos, exuberantes, vibrantes e muito mentirosos de vários governadores de todas as épocas, prometendo aos prefeitos locais a
Discursos plastificados.... |
instalação de um batalhão de polícia. Nos momentos mais cruciais aparecem por aqui pressionados pela opinião pública e pelas autoridades locais, apertam mão, dão tapinhas nas costas, fazem seus discursos pré-fabricados e plastificados, prometem mundos e fundos, e como diz a música...e Baraúna continua ao Deus dará. Estou prestando consultoria arqueológica atualmente em um município cearense chamado Trairi onde diariamente passo em frente de um destacamento da polícia composto por 56 policiais, moderno armamento e 06 carros à disposição. Apesar de ser um município turístico com forte presença de "gringos", não tivemos notícias de assaltos nos últimos dois anos e o último assassinato aconteceu há mais de 05 anos. As pessoas vivenciam um clima de paz e segurança. Quando passo em frente bate em mim a inveja...Ah! Baraúna tão maltratada e esquecida pelo poder público....
As surradas desculpas..
Até que enfim o pagamento atrasado do funcionalismo público saiu no dia 07 de Maio depois da pressão da opinião pública. A irregularidade e os atrasos constantes nos últimos meses demonstram a incompetência em gerenciar uma simples folha de pagamentos, fruto da ausência total de planejamento. Todo mês é uma desculpa diferente e um "culpado" também diferente. Nesse ano de 2013 somente no mês de Fevereiro o pagamento saiu dentro do próprio mês, nos demais meses sempre desculpas amarelas e esfarrapadas. Com todas essas trapalhadas administrativas, tudo isso reflete negativamente no prefeito que cada vez mais vem caindo pelas tabelas (se é que é possível ainda cair mais) no conceito popular.
Resumo de livro...O velho e o Mar...Ernest Hemingway
SINOPSE: Depois de passar quase três meses sem fisgar um peixe, escarnecido pelos colegas de profissão, o velho Santiago enfrenta o alto-mar, sozinho, em seu pequeno barco. Quer provar aos outros e a si mesmo que ainda é um bom pescador. É em completa solidão que ele travará uma luta de três dias com um peixe imenso, um animal quase mitológico, que lembra um ancestral literário, a baleia Moby Dick. À medida que o combate se desenvolve, o leitor vai embarcando no monólogo interior de Santiago, em suas dúvidas, sua angústia, sentindo os músculos retesados, a boca salgada e com gosto de carne crua, as mãos úmidas de sangue. Por fim o peixe se dobra à força do pescador. Mas a vitória não será completa – surgem os tubarões. Novela da maturidade de Ernest Hemingway, que foi correspondente de guerra e amante das touradas, O Velho e o Mar (1952) é a melhor síntese de sua obra e de sua visão do mundo. Escrito num estilo ágil e nervoso, máxima depuração da prosa jornalística do autor, o livro explora os limites da capacidade humana diante de uma natureza voraz, onde todos os elementos estão permanentemente em luta, numa autodevoração sem fim.
Análise da Obra:
A vida é uma harmonia de contrários. Podemos perceber esse fato claramente na obra “O velho e o Mar”. O velho vive numa constante sensação de conflitos internos: velho x criança, sofrimento x prazer, sonho x fracasso, matar ou morrer, “la mar” – feminino: mar generoso, “el mar” – masculino: mar cruel. Ser velho é viver numa situação de discriminação social, significa ser “excluído”, viver na solidão. O idoso tem consciência de sua importância, mas a sociedade insiste em descartá-lo, porém, o velho Santiago não se conformando com essa situação, vai à luta, decide provar a si mesmo e aos seus companheiros que ainda é capaz de enfrentar o mar e pescar grandes peixes, busca o reconhecimento através do
trabalho. O nome “Santiago” significa se auto-conhecer no sofrimento, e é isso mesmo que acontece na obra, Santiago quer mostrar suas forças, mas para isso precisa resgatar o lado “menino” que existe dentro dele, que não envelhece, e vai à busca do encontro consigo mesmo. O mar é o local apropriado para se interiorizar, pois representa a travessia da vida, é um lugar tranqüilo que o leva a refletir e recordar as lembranças. O encontro do velho com a criança que mora dentro de si, é que lhe dá a capacidade de se aventurar, a coragem de persistir nos seus sonhos, proporcionando a disposição de se arriscar, de usar a criatividade na solução dos problemas, de ter esperança, espontaneidade, enfim, de ir à busca do que lhe dá prazer: “pescar”. A criança lhe dá a motivação, e forças emocionais para lutar, prosseguir e não desanimar,
mas isso não é suficiente, ele precisa também das forças físicas de seu tempo de menino, porém a carcaça envelheceu, o seu corpo e seus braços não correspondem mais aos seus desejos. “Queria muito que o menino estivesse aqui comigo” – queria as forças de menino. Mas Santiago não desiste de sua jornada, segue em frente, enfrenta momentos de sofrimento e prazer. A consciência de que tem um objetivo a ser alcançado o faz levantar mesmo com dor, e prosseguir rumo ao seu alvo. Inesperadamente, encontra forças para resistir, agora começa a ver uma saída, anteriormente estava tão confuso que não podia enxergar o que fazer “antes eu não enxergava, agora enxergo”, no momento em que se dispôs a agarrar aquela linha de esperança, podia enfrentar o “peixe” de maneira diferente, a paz interior reina em seu coração. No mar o velho afronta uma imensa batalha com o “peixe grande”, que representa seu sonho
maior, a luta parece infinita, mas em meio a ela consegue pescar os “peixes menores”, que o alimenta e lhe dão a sustentação do corpo para continuar, renovando-lhe as forças, ou seja, a superação dos problemas mais simples serve de fortalecimento para os desafios maiores, são eles que constroem os degraus para se chegar ao objetivo, e conquistar a vitória. O sofrimento faz parte da vida, é um caminho inevitável, seria impossível eliminá-lo, as lutas e batalhas físicas e emocionais são indispensáveis para o nosso crescimento. Ao mesmo tempo em que Santiago passava por todo o sofrimento, ele tinha prazer em estar travando aquela luta, pois estava fazendo o que gostava: “pescar”, queria fisgar o peixe. “Sou pescador, é pra isso que nasci”. Se não existir a luta não há o prazer dá vitória, o prazer da conquista dos desafios superados. É através do sofrimento que se origina o prazer. Neste duelo está presente o sonho e o fracasso, pois para que um possa vencer, o outro tem que perder. Vivemos numa
sociedade competitiva, não basta ser bom, tem que ser o melhor. Para conquistar o sonho é preciso vencer o “peixe grande”, vencer os desafios, vencer a concorrência, que por sinal é muito grande. A sociedade se preocupa com o resultado final e não com a travessia, o nosso valor é a nossa capacidade, a nossa preparação - “sorte é o encontro de oportunidade com a capacidade”. Na obra o velho diz, “eu gosto do peixe, tenho dó”, mas eu preciso ser melhor, tenho que sobreviver, é ele ou eu, é matar ou morrer, estamos numa corrida contra o tempo. O peixe grande a ser enfrentado pode até mesmo ser uma pessoa que você gosta como aconteceu com o velho Santiago, querer pescá-lo não significa ser este um inimigo. E depois de ter pescado o peixe, não é permitido parar no tempo, pois quando você acha que está tudo bem, na maior calmaria, vem aquele tubarão para você enfrentar. Tudo parece não
ter fim, o velho, às vezes não dormia e não comia, a luta era constante, vence um obstáculo aqui, logo surge outro ali, e outro acolá, e nem sempre sairemos vitoriosos, pois o fracasso também faz parte da vida, tira-nos do comodismo, mostra que somos imperfeitos e que precisamos ser lapidados, não devemos encarar o fracasso como uma derrota, e sim como uma lição que ensina-nos a ser mais fortes e persistentes nos objetivos almejados. Temos que vencer os tubarões de cada dia, eles estão sempre prontos para nos atacar, a vitória (sangue) chama a atenção do inimigo (tubarão), e incomoda os adversários que virão com toda a fúria tentar minar o teu sucesso, tirarem proveito da situação (comer parte da carne), para isso você precisa estar preparado para não ficar no meio do caminho, apenas com os ossos secos e as cicatrizes na mão. A luta é individual, cada pessoa vem sozinha ao mundo, atravessa a vida como uma pessoa separada, e finalmente morre
sozinha. A solidão é um sentimento interno, é o momento em que sente que está só, até mesmo estando cercado de pessoas. Como não poderia ser diferente, o velho Santiago faz a travessia pelo mar da vida, sozinho, curtindo a solidão e a aventura no alto mar. As fases de passagem pelo mar o faz refletir e agradecer à Deus, porque mesmo atravessando por um período difícil, sua situação era melhor do que a de outras pessoas. “A aves tem uma vida mais dura que a nossa.” As muitas experiências ali vividas, serviram para a manifestação e o fortalecimento de suas próprias forças diante dos problemas e dificuldades, tornando sua base mais forte e sólida. O título “O velho e o Mar” remete-nos a ideia de que a vida está passando. O velho já atravessou por todas as fases da vida, e o
mar representa essa travessia que proporcionou a ele grandes experiências vividas, às vezes o mar é bom, outras vezes é ruim, temos que aprender a conviver com o bem e com o mal. A obra é escrita de forma clara, simples e objetiva, suas orações são curtas e diretas, com poucos adjetivos. Ernest Hemingway, influenciado e inspirado pela profissão de “jornalismo”, comunica-se com o leitor de forma autêntica, com isso consegue transmitir uma grande lição de vida ao apresentar a luta desesperada de Santiago, que resume-se ao “desejo de vencer”. Ensina-nos que em certos momentos é preciso ceder o controle da direção, deixar-se levar pela maré, sem resistência. A situação pode estar difícil, mas não devemos desanimar diante dos obstáculos, é preciso ter perseverança, pois o sofrimento não vem para nos derrotar e sim para nos tornar mais fortes, para nos lapidar e fazer de nós uma jóia inigualável. É preciso passar pela luta para se chegar à vitória, e que nem sempre podemos vencer, mas no fim sempre podemos tirar uma lição da batalha travada. Assim como a felicidade é passageira, o sofrimento não é eterno, sem dor não existe prazer, nos momentos de dificuldades precisamos enxergar os lindos peixes coloridos que nos rodeiam, pois são eles que iluminam e dão coloração para a vida, senão a história escrita por você ficará em “preto e branco”.
Por Marli Savelli de Campos
Obs: para baixar esse livro da Internet acesse o site http://mscamp.wordpress.com/2008/11/25/o-velho-e-o-mar-ernest-hemingway/
Telegrama - Zeca Baleiro
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