quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Rapidinhas da quarta...

O puxa-encolhe...

De acordo com a última pesquisa do Datafolha divulgada em 12 de Outubro, a presidente Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno se disputasse a eleição contra os dois candidatos mais prováveis do PSDB e do PSB, Aécio Neves e Eduardo Campos. A mostra realizada nesta sexta, aponta Dilma com 42% das intenções de voto, Aécio somaria 21%, e Campos, 15%. Votos em branco, nulo ou nenhum registram 16%. Outros 7% não saberiam em quem vão votar. A pesquisa foi publicada no jornal Folha de S. Paulo deste sábado. O levantamento testou quatro cenários para a eleição presidencial, alternando os nomes de Campos e Marina Silva, pelo PSB, e os de Aécio e José Serra, pelo PSDB. Nas outras três combinações, Dilma não alcançaria índice suficiente para garantir vitória no primeiro turno. Na simulação mais apertada, a petista tem 37% das intenções de voto, Marina chegaria aos 28%, e Serra, 20%. O Datafolha fez 2.517 entrevistas em 154 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos. O instituto aponta ainda que nos recortes por idade, renda e escolaridade, Marina vence Dilma entre os mais jovens - de 16 a 24 anos -, os que têm ensino superior e os que têm renda acima de cinco salários mínimos.
Obs do blog: O que se percebe a princípio é que Aécio Neves praticamente estacionou nas intenções de votos mesmo querendo conversar com o povo de qualquer jeito, mas aparentemente o povo não quer conversa com ele. Estagnou. Pode crescer no futuro? pode, mas não transmite a ideia do "novo" que traz realmente mudanças significativas no seu alforje em termos de transformação estruturais para o país. Pode até ter essa intenção em sua plataforma eleitoral, mas seus marketing de pré-campanha não está conseguindo transmitir essa mensagem para a população, ficando tão somente com a metade das intenções de votos da atual presidente Dilma. O Eduardo Campo saltou de 8% para 15% nos últimos três meses e vem tentando galgar os degraus das intenções de votos tentando passar a imagem de um pseudosocialismo que só existe nas 
cabeças utópicas de seus idealizadores, mas como possui om poder de comunicação melhor que o Aécio Neves vem crescendo em ritmo de tartaruga pelas beiradas com o velho adágio popular de "devagar e sempre". Pode empolgar e crescer bem mais? claro, mas deve se desvencilhar do caráter regionalista e convencer tribos além-nordeste para poder catapultar uma eleição presidencial com possibilidades efetivas de vitória, além de ter a sombra intimidadora de Marina nas suas costas lembrando-lhe sempre de que se não chegar lá, eu chego. Está numa encruzilhada baiana onde por cima de pau e pedra tem que crescer a qualquer custo em poucos meses, caso contrário voltará cabisbaixo para seu reduto pernambucano para comer arrumadinho na praia e choramingar pelo Náutico. Quanto a Marina continua em sua cruzada antipetista, com uma mensagem ecológica que agrada ao eleitorado jovem e aos visionários socialistas da classe média urbana que adora defender bandeiras de redistribuição da riqueza nacional, desde que não mexam nos seus "bens". Atualmente é a candidata que realmente enseja um perigo maior ao sono de reeleição da Dilma, entretanto depende agora dos humores do PSB para ser a tábua de salvação do partido caso naufrague o projeto dos Tabajaras pernambucanos. A corrida está só começando, mas o puxa-puxa de tapete está a pleno vapor.

Comemorar o quê?...

Professores brasileiros em escolas de ensino fundamental têm um dos piores salários de sua categoria em todo o mundo e recebem uma renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. É o que mostram levantamentos realizados por economistas, por agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).  Prestes a comemorar o Dia Internacional do Professor, amanhã, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um alerta, apontando que a profissão em vários países emergentes está sob "forte ameaça" diante dos salários baixos. Num estudo realizado pelo banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na 
Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique seria de US$ 104,6 mil por ano (mais informações nesta página). Numa lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em praticamente toda a Europa, Estados Unidos e Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.  Guy Ryder, o novo diretor-geral da OIT, emitiu um comunicado ontem no qual apela para que governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. Sua avaliação é de que, com salários baixos, a profissão não atrai gente qualificada. O resultado é a manutenção de sistemas de educação de baixo nível. "Muitos não consideram dar aulas como uma profissão com atrativos", disse. Para Ryder, a educação deve ser vista por governos como "um dos pilares do crescimento econômico". Outro estudo - liderado pela própria OIT e pela Unesco (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada - revelou que professores que começam 
a carreira no Brasil têm salários bem abaixo de uma lista de 38 países, da qual apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil. Na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.  Em um terceiro levantamento, a OCDE apontou que salários de 2009 no grupo de países ricos tinham uma média de US$ 39 mil por ano no caso de professores do ensino fundamental com 15 anos de experiência. O Brasil foi um dos poucos a não fornecer os dados para o estudo da OCDE.  Médio. Numa comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo os dados do UBS.  Já a OCDE alerta que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.  Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional. O Fórum Econômico Mundial apontou recentemente a Coreia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21. 

Romeu e Julieta existiram?...

Uma dos mais conhecidas peças de William Shakespeare é Romeu e Julieta. Todos conhecem a história dos amantes de Verona que, impedidos de desfrutarem um do outro pela briga de suas famílias, armam um plano para ficarem juntos que, uma vez que dá errado, somente gerará uma tragédia envolvendo as duas famílias. A primeira versão impressa da peça, que data de 1597, leva no frontispício o comentário de que a história foi “frequentemente representada em público”, sempre com sucesso. Essa intensidade da história e dos personagens leva a crer que a trama é inspirada em pessoas reais. Um italiano que foi contemporâneo de Shakespeare, chamado Giralomo della Corte, falava para todos os visitantes que passavam por Verona que a tal história era de fato real e que teria ocorrido em 1303. Curiosamente, nem Shakespeare nem seu editor confirmaram a existência histórica dos amantes. Quem tem paciência para revirar livros antigos, entretanto, afirma que versões semelhantes da tragédia eram possíveis de serem verificadas, como a obra Anthia e Abrocomas, um romance de autoria do escritor grego do 
século II, Xenofonte Epehesio. Há uma história que seria a fonte usada por Shakespeare, chamada Novellino, de autoria de Massuccio Salernitano, que depois foi novamente recontada 50 anos depois por Luigi da Porto, que teria chamado seus personagens de Romeo e Guilietta. A versão de da Porto continha os mesmos elementos da versão de Shakespeare, inclusive no detalhe dos nomes das famílias (Montecchi e Capelletti). Uma outra versão antiga identificada era de um também escritor italiano chamado Matteo Bandello, que fez uma adaptação em 1554, e, pouco depois, traduzida para o francês. Essa versão foi traduzida para o inglês em forma de versos já com o título de Romeus and Juliet (1562), de Arthur Brooke, e depois para prosa como The palace of pleasure (1567), este último de autoria de William Paynter. Brooke mencionou em alguns escritos que havia visto o mesmo argumento sendo levado à cena, o que fez com que os historiadores acreditassem que Shakespeare tivesse adaptado uma peça cuja origem hoje em dia é completamente desconhecida. Ninguém sabe afirmar ao certo se a peça já retratou o amor perdido de um casal que realmente existiu ou foi uma adaptação de alguma história criada na Antiguidade. O que se sabe, 
com certeza, é que os nomes das famílias não são invenção de nenhum escritor e que já eram citados por Dante Alighieri em sua A divina comédia, de 1320, quando faz alusões a lutas internas da Itália de então. Já para o historiador americano Olin H. Moore, que sugeriu uma resolução mais ampla, os nomes Montecchi e Capelletti seriam, na verdade, nomes de partidos políticos (e não de famílias) que dominavam a vida política italiana no final da Idade Média, sendo os Montecchi os Guelfos e os Capelletti, os Gibelinos. Portanto a verdade se realmente existiram na vida real, permanece obscura.O que se sabe realmente é que a história ganhou o mundo inteiro e continua sendo contada e recontada pelos românticos como um hino ao amor.

Tarde no mar

A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,

Pousa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casas brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!


Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...

E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...

                      Florbela Espanca



A volta do boêmio - Nelson Gonçalves, Agnaldo Timóteo e Caubi Peixoto


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