O leilão do Campo de Libras...
O leilão do Campo de Libra, na Bacia de Campos, que ocorrerá
nessa segunda-feira (21), será a primeira rodada de disputas realizada para
conceder, sob o regime de partilha de produção, áreas para exploração de
petróleo e gás natural na região brasileira do pré-sal. O petróleo do pré-sal
foi descoberto pela Petrobras em camadas ultraprofundas, de 5 mil a 7 mil
metros abaixo do nível do mar, o dificulta e torna mais cara a exploração. Por
meio do regime escolhido para o leilão de Libra, ficará garantida à União a
gestão das reservas exploradas na área. A estatal Pré Sal Petróleo S.A (PPSA)
foi criada, justamente, para representar a União nos negócios. Garante-se,
ainda, que as empresas compartilhem com a União uma parcela no volume
produzido. Estima-se que o óleo recuperável na área leiloada, de acordo com
dados do governo, varie de 8 a 12 bilhões de barris. Serão de 12 a 18
plataformas. O pico de produção estimado é de 1 milhão de barris por dia.
Atualmente, a produção nacional chega a 2 milhões por dia. O investimento
chegará a US$ 181 bilhões, em 35 anos. A Petrobras, por sua vez, será a
operadora única do Pré-Sal, garantindo um mínimo de 30% de participação no
consórcio vencedor.
Além da própria Petrobras, que pode aumentar a sua
participação na operação, são 11 empresas na disputa pelos outros 70% na exploração. São elas: as chinesas CNOOC e
CNPC, a japonesa Mitsui, a portuguesa Petrogal, a hispano-chinesa
Repsol/Sinopec, a francesa Total, a colombiana Ecopetrol, a indiana ONGC
Videsh, a anglo-holandesa Shell e a malaia Petronas. Será vencedora a empresa
que reverter o maior percentual do petróleo excedente à União. O percentual
mínimo previsto em lei é 41,56%. A
partilha entre união e consórcio será mensal e a empresa que vencer o primeiro leilão terá que
pagar à União um bônus de R$ 15 bilhões. Pelas regras, o governo terá uma
participação total de, no mínimo, 75% na receita do projeto, levando-se em
consideração todos os tipos de retornos previstos.
O contrato de partilha será válido por 35 anos, quatro
desses voltados à exploração dos recursos e os demais ao desenvolvimento e
produção. As empresas vencedoras serão livres para explorar o petróleo
pertencente a sua cota, bem como para garantir ao óleo o destino que desejarem.
No entanto, em casos específicos de emergência, a Agência Nacional do Petróleo
(ANP) poderá limitar o volume das exportações. Os royalties pagos equivalerão a
15% do volume total da produção de petróleo e gás, o que deve render à União,
aos estados e municípios R$ 900 bilhões em 30 anos – considerando-se royalties
e partilha da produção. São, em média, R$ 30 bilhões por ano, o mesmo valor
gerado por todos os campos em produção, hoje, no Brasil. De acordo com a lei
aprovada em setembro de 2013, 75% dos royalties do petróleo serão destinados
para a educação e 25% para a saúde. A legislação ainda prevê que 50% do Fundo
Social do Pré-Sal também devem ir para as áreas da educação e saúde. Vários
grupos da sociedade civil, no entanto, se mostram contrários ao leilão de
Libra. Entre eles estão sindicatos, políticos, acadêmicos e especialistas que
não consideram válida a proposta de dividir com empresas estrangeiras os
retornos da reserva petrolífera. Petroleiros cruzaram os braços na última
quinta-feira (17) pedindo a suspensão do leilão. Consultores de mercado também
discordam do modelo de exploração proposto pelo governo e da grande intervenção
estatal. Outros questionam, ainda, a capacidade tecnológica da Petrobrás e da
indústria nacional para fazer os investimentos previstos em contrato.
O governo convocou na quinta-feira (17) o Exército e a Força
Nacional de Segurança para atuar no evento em que será anunciado o resultado do
leilão de Libra, em um hotel na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Serão 1.100
agentes de segurança incluindo, também, as polícias Civil e Militar, o Corpo de
Bombeiros e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro.
Obs do blog: Durante minha adolescência nos anos 80 em Recife, eu gostava de ouvir os discursos inflamados e radicais dos "barbudinhos" fundadores do PT, extremamente contrários a qualquer tipo de ingerência de empresas estrangeiras na produção de petróleo em território brasileiro. Achava bonito aquele discurso nacionalista exigindo igualdade social para todos os brasileiros (assim como faz hoje o pessoal do PSOL). As críticas partidárias permaneceram durante anos e anos, principalmente nos governos de Sarney, Collor e Fernando Henrique Cardoso. Hoje o PT bota o próprio exército nas ruas para fazer um leilão envolvendo e protegendo diversas empresas estrangeiras...quem te viu e quem te vê....assumiu o poder, o discurso muda bem rapidinho...com mensalão e tudo...basta ler o livro "a revolução dos bichos" de George Orwell para entender toda essa hipocrisia ideológica que faz vomitar todas as supostas boas intenções existentes por trás das bandeiras esvoaçantes que fingem defender os interesses "socialistas"...
Back to Black - Amy Winehouse
Pra não sair da rotina mais um homicídio, na cidade de Baraúna, desta feita foi o comerciante conhecido como Kika Targino; enquanto os governos Municipal e estadual viram as costa o crime esta de vento em polpa, são 26 crimes de homicídio esse ano. Ta pouco ou quer mais?
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