A montanha pariu um rato...
A montagem da infra-estrutura logística pela prefeitura municipal visando realizar um grande comício no último sábado para tirar do atoleiro a candidatura do deputado estadual Gustavo Fernandes, revelou que nem sempre o melhor da festa é esperar por ela: as expectativas de um grande comparecimento popular foram totalmente frustradas e o sonhado megacomício virou reunião de calçada. Alguns motivos podem explicar essa frustração. Primeiro que houve falhas imperdoáveis na própria organização do " utópico megacomício", principalmente relacionado a ausência do transporte de pessoas da zona rural para a zona urbana como ocorria em eventos anteriores. Outro motivo foi a desorganização na concessão ou "doação" de combustível a gato e a rato, onde a maioria encheu o tanque da moto e caiu fora. Mas os fatores maiores das ausências das pessoas não foram esses. Na verdade a frustração das pessoas com a própria política local mostra que essa campanha será atípica onde os eleitores querem
receber algo de concreto, mas na verdade estão recebendo somente papel e carros de som nas ruas diariamente. A ausência de atuais e antigos aliados no planejado evento foi visível ou diríamos "invisível" intencionalmente dando um verdadeiro drible na cúpula governista que quer ser metida a sabida, mas tem neguinho mais sabido ainda. Outro fator é que a persuasão forçada do comparecimento de comissionados e beneficiados da prefeitura se mostra eficaz em parte, pois nada forçado presta e quem vai dessa forma para "assinar o ponto e ser visto" normalmente só leva a ele mesmo e mais ninguém. Pela estrutura que foi montada com carros de som, com foguetório, fogos de artifício e os cambaus, tinha tudo para mostrar músculos eleitorais e ser algo grandioso, mas esqueceram de um pequeno detalhe: faltou o povão. Convocaram a nação bacurau achando que ainda estavam em 2012 quando na verdade muita coisa mudou de lá para cá onde os ex-adversários azuis substituíram os correligionários verdes de então. Daí o fracasso e deu no que deu. Na hora dos discursos, se tirassem as pessoas que foram pagas para segurar as bandeiras, o constrangido candidato "copa do mundo" (de quem arrancaram o microfone em Pau dos Ferros por falar besteira) teria falado para ninguém. Quiseram gerar um elefante e no fundo a montanha só conseguiu parir um pequeno ratinho...
Disritmia - Martinho da Vila
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