quarta-feira, 16 de julho de 2014

Cassada e afastada...

Cassada e afastada mais uma vez...

Como já era previsto (vide postagem nesse blog feita ontem), a segunda colocada nas eleições de 2012 em Baraúna, Luciana Oliveira (PMDB) foi afastada mais uma vez do comando da prefeitura, tendo em vista que seus embargos de declaração foram considerados meramente procastinatórios, ou seja, somente para "empurrar com a barriga" e ficar na prefeitura por mais alguns dias. Sua liminar no TSE perdeu sentido e o TRE-RN além de cassar e afastar imediatamente, ainda a tornou inelegível até 2020. Mas ela já se afasta hoje da prefeitura? calma, vamos explicar.

A decisão da negação desses embargos de declaração, que foi feita de forma unânime pelo TRE-RN, só tem validade jurídica após sua publicação no diário de justiça eletrônico ( o que ainda não foi feito, mas poderá ocorrer na edição de amanhã - 17/072014 - que é publicada no final da tarde do dia de hoje - 16/07/2014). Após essa publicação, o TRE-RN comunica imediatamente a 33 zona eleitoral que notifique o presidente da câmara municipal de Baraúna dessa decisão da justiça. Somente após a notificação do presidente é que se concretiza efetivamente o afastamento da prefeita interina. Portanto, a previsão é que a posse do presidente, provavelmente ocorra amanhã (quinta-feira), pois depende desse rito jurídico. Mas também poderá se estender um pouco mais, caso a publicação no diário de justiça eletrônico só seja feito em outro dia. De qualquer forma o afastamento já é uma realidade e tão logo saia a publicação será reproduzida imediatamente nesse blog. Sim, mas seus seguidores (que a cada vez diminuem mais) estão dizendo que com três dias ela volta com uma 
"Dize-me com quem tu andas que eu te direi quem tu és" - no meio
 o senador Garibaldi Alves - aquele que ficou contra o PMDB de Baraúna
 nas eleições em 2012 e mandou até um vídeo pedindo votos para Isoares
na convenção -estão lembrados? - pois é - quem te viu e quem te vê.
liminar de um determinado ministro do TSE apoiado por "forças oculta$$$$$$". Calma gente mais uma vez, pois além de perder os embargos de declaração, a segunda colocada também perdeu alguns prazos recursais no próprio TRE-RN o que a impede de ir ao TSE diretamente sem passar pelo TRE-RN. Além do mais, a decisão do acordão poderá vir já "amarrando" as novas eleições para o município, o que dificultaria liminares "salvadoras" e "procastinadoras" emitidas pelo TSE. Outra decisão tomada ontem foi também julgar todos os outros 03 processos de cassação da prefeita interina junto ao TRE-RN, limpando a pauta até o dia 30 desse mês de Julho, justamente para acelerar a realização de novas eleições em Baraúna e resolver de uma vez por todas essa pendenga que vem causando transtornos incalculáveis a população.

Não é possível que o município fique nesse clima permanente de instabilidade política com trocas constantes de poder (em pouco mais de 10 meses já são 08 trocas de poder) afetando todas as atividades administrativas. Já existem diversas pessoas que sequer aceitam mais exercer cargos pois não querem passar poucos dias e depois ter que sair novamente com essa alta rotatividade. Qualquer tentativa de organização ou planejamento são totalmente inúteis pois fica dependendo sempre de um cutelo sobre as cabeças que pode cair a qualquer momento. A realização de novas eleições talvez não seja a solução definitiva para resolver essas rivalidades políticas que conturbaram o município, mas certamente dará uma trégua de 2 anos (até chegar em 2016) para que o vencedor das eleições conduza os destinos do município de uma forma um pouco mais tranquila.

Piaf...um hino ao amor...

A cantora Edith Piaf (1915-1963), “a voz” da França, foi a Amy Winehouse de sua época. Como Amy, a intérprete de “La Vie en Rose” morreu relativamente jovem (47 anos), vítima de uma equação mal resolvida e de variáveis clássicas: infância de abandono e privações, decepções amorosas e fuga no alcoolismo e nas drogas. Isso tudo é sabido – a própria Piaf tratou desses assuntos em dois livros “ditados” a escritores. A novidade da biografia “Piaf – Uma Vida” (Leya) é que a autora, Carolyn Burke, tenta desfazer o clichê do gênio consumido pela própria chama e traçar um perfil de uma artista disciplinada cuja luta pela sobrevivência – e pelo sucesso na carreira – falou mais alto que o impulso autodestrutivo. Só mesmo a força vital e criativa justifica a superação de tantos obstáculos: filha de um contorcionista e de uma cantora de cabaré que a trocou pela boêmia, Piaf foi criada no prostíbulo de sua avó e, quando o seu pai percebeu que ela tinha uma voz acima do normal, passou a utilizá-la em seus espetáculos mambembes. A convivência com o universo de párias sociais ajudou a sua emancipação precoce. Aos 16 anos, lá está o pequeno pardal (significado de Piaf) vivendo sozinha com uma amiga e cantando em espeluncas de Pigalle, a “zona ver­melha” de Paris. Casou-se com um entregador
 (de quem logo se separou), teve uma filha que morreu aos dois anos de meningite (moléstia mortal na época) e buscou abrigo nos braços de um cafetão, Ali-Babá, cujo comparsa atendia pelo nome de Tarzan. Ao ouvir dele que mulher de bandido tem que “rodar a bolsinha”, Piaf respondeu que conhecia uma forma mais rentável de trabalhar nas ruas. Ou seja: cantando.Nesses primeiros tempos, ela tinha rendas extras, tipo “colecionar rolhas”: fazia companhia a homens solitários e os incentivava a entornar garrafas e garrafas de champanhe. Ganhava depois pelas rolhas acumuladas. Embora evitasse falar desse período, segundo Carolyn a cantora chegou a se prostituir. Precisava de dez francos para custear o enterro de sua filhinha; e o cliente, sensibilizado, pagou mais. 
Movida pela impulsividade que a fazia afastar-se de pessoas negativas, Piaf logo saiu desse ambiente – em direção à fama. Faz parte da mitologia moderna o encontro da cantora com o dono de cabaré Louis Leplée, que a viu cantando numa esquina, deu-lhe cinco francos e um palco iluminado. Daí para a plateia seleta do Playhouse de Nova York, em 1947, quando foi paparicada por Gene Kelly, Greta Garbo e Marlene Dietrich, não foi mais uma questão de sorte. Apesar de detestar a companhia feminina, Piaf ficou íntima de Marlene. Segundo a atriz alemã, ela se achava feia e insegura, mas “seu carisma era tão grande que podia ter qualquer homem que quisesse”. E foram muitos. Um deles marcou a sua vida e a deixou devastada quando morreu num acidente de avião: o lutador de boxe Marcel Cerdan. Ela passou a exagerar na bebida e a se drogar com morfina, vício adquirido para aplacar as dores após dois acidentes de carro. Ao final, com muitas complicações, voz falha e aparência de “mariposa agonizante”, começou a esquecer letras de músicas que conhecia de cor. Entre elas uma de suas músicas principais: No, je ne regrette rien  “Não me Arrependo de Nada”. 



                                                  Edith Piaf - No, je ne regrette rien


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