domingo, 29 de janeiro de 2012

Coerência política

Bom, alguns companheiros partidários insistem em pedir uma opinião minha em relação a súbita mudança de comportamento em termos ideológicos do filiado Gelcione. Insisto que meu posicionamento sempre foi e sempre será em defesa dos pré-candidatos do PSDB nas vindouras eleições de 2012, até porque nosso objetivo como proposta é de implementar um novo modelo administrativo que priorize o lado humano do baraunense, principalmente em atendimento médico (basta mencionar a ausência constante de médicos no único hospital de Baraúna), seja na resolução de problemas vários que atingem as pessoas.
Nesse projeto partidário está inserido o apoio a uma candidatura majoritária oposicionista, única alternativa de mudar esse quadro de abandono municipal (basta mencionar as ruas entulhadas de lixo, o descaso com o matadouro público municipal, as ruas calçadas com matéria de péssima qualidade), tendo em vista que o atual projeto do situacionismo é particular, de cunho comercial, onde dois sócios resolveram administrar e se revezar no controle do caixa da prefeitura com interesses privados direcionados para o fortalecimento de caixa de suas empresas (basta mencionar o enriquecimento ilícito com várias máquinas expostas no posto de gasolina em frente à Escola Estadual João de Abreu). Como eles não querem lançar um nome de Baraúna (pois isso naturalmente atingiria frontalmente os seus interesses particulares) para candidatura majoritária, o intuito é construir uma pseudo-imagem de um candidato sem qualquer perfil político, que se arrasta no pantanal da incompetência em subir nas intenções de pesquisas de votos, mesmo com toda superexposição pública financiada pelo caixa da prefeitura e maquiada através de eventos culturais visando elevar seu nome a todo custo como elemento de perpetuação desse domínio. Dentro desse contexto ideológico para montagem dessa farsa, está a construção também da idéia de desenvolvimentismo programático com difusão de obras superfaturadas.
Ora senhores qualquer município brasileiro está passando pelo mesmo processo de desenvolvimento em obras, por vários aspectos. Os recursos financeiros constitucionais e obrigatórios aumentaram para todos eles, além de uma intensa fiscalização estatal que inibe uma parte das fraudes (principalmente envolvendo licitações que fazem tremer os alicerces da atual gestão municipal). Outro fator está ligado aos convênios federais que são responsáveis por mais de 80% das atuais obras municipais. Isso aconteceu com todos os prefeitos municipais baraunenses e com esse não seria diferente. O que muda tão somente é o enfoque ideológico que é dado em termos de marketing de divulgação política. Se você tem uma boa assessoria e paga pela divulgação, a idéia de que existe progresso e desenvolvimento é implantada no seio social. Caso contrário, por mais que se faça, a imagem que perpassa é de negativismo e atraso. Nos casos de José Holanda, José Bezerra e José Araújo (apesar das obras realizadas), esse marketing praticamente inexistiu. Começa a funcionar nas administrações de Gilson Professor e se intensifica na atual administração.
Atraso esse, aliás, que é uma das estratégias mais antigas de marketing eleitoral tentando montar uma imagem arcaica do adversário, tais como “volta ao passado” ou “retorno as trevas”, típico de marketeiro de quinta categoria. Nos tempos atuais isso não se utiliza mais, pois a maioria do povo brasileiro não vota por construção de imagens ligadas ao passado ou ao futuro, mas sim ao presente. Esse presente está calcado na imagem pessoal do candidato em  termos de carisma (vide o exemplo de Lula), como resposta a uma péssima administração (vide o exemplo de Micarla) ou como uma proposta de esperança (vide o exemplo de Obama). Nenhuma dessas candidaturas foi vitoriosa por ter atacado seus adversários olhando pelo retrovisor, mas sim atentando para o presente e com esperanças de um futuro melhor. Quanto a questão de projetos futuros é uma falácia completa, pois nenhuma candidatura está confirmada completamente e nem tampouco programa de governo foi elaborado por nenhum partido posto no tabuleiro político.
Portanto em qualquer sistema democrático vigente existem partidos da situação e da oposição, tendo objetivos diferenciados (até porque se existisse um partido único seria um sistema ditatorial e antidemocrático). A situação procura enaltecer a administração em vigor como forma de manter o domínio do seu grupo político, assim como a oposição procura apontar as falhas como forma de elevar o seu grupo ao poder. Isso acontece em todas as partes do mundo e não seria diferente aqui no Brasil e muito menos em Baraúna.
Agora o que não podemos, enquanto partido oposicionista, é deixar de “enxergar os defeitos” (como se eles não mais existissem num passe de mágica) e passar a enxergar somente as qualidades (obrigação natural do situacionismo), pois aí estaríamos passando por um processo de descaracterização de nossa postulação política, com perda da credibilidade junto ao eleitorado que confia nesse projeto alternativo. Como já frisei aqui não mudamos radicalmente de opinião do dia para a noite e daí a nossa credibilidade. O PSDB continua (e cresceu desde Abril de 2011) e continuará com esse mesmo posicionamento, sem mudar um milímetro sequer, pelo menos enquanto existir esse projeto político-comercial enraizado na atual administração municipal.
As coisas mudaram, mas é claro. A única coisa permanente no mundo é a mudança constante dos acontecimentos. Nada fica estático e parado no tempo, nem mesmo na física. Houve progresso, claro que houve e sempre haverá independente de qual for a administração futura. Entretanto a postura política dos pré-candidatos é observada pelo eleitorado, tanto em nível de eleições próximas como futuras. Alguns políticos conseguem sobreviver às duras penas com constantes mudanças de postura política, mas a um preço bastante alto. A fatura é paga principalmente com a renovação das cadeiras do legislativo onde somente um edil conseguir sustentar sua cadeira nas últimas eleições realizadas em 2008 em Baraúna. Em 2012 a tendência será também de renovação, mas a um percentual bem menor em relação a 2008.
Não impomos e nem tentamos tutelar ninguém, até porque não temos poder para isso. As pessoas são livres e devem tomar suas próprias decisões. Quem os julgará não sou eu, mas sua própria consciência e o povo que irá às eleições em 2012. Como bem disso Zé Ramalho “outros eram diferentes e não nasceram para o chão...”. Penso que, assim como nossos companheiros partidários que mantém seu posicionamento coerente com suas pré-candidaturas, não nascemos para o chão e sim para fazer o diferencial, pois quem não pode com o pote não segura na rodilha. Não adianta criticar, apontar erros e defeitos de forma colérica e depois estar negando tudo isso de forma súbita e dizendo que pelo contrário o inferno não é mais vermelho e sim azul e cristalino. O eleitor é atento e não é bobo e pra finalizar prezado companheiro Gelcione penso que acreditamos em sua coerência e seu caráter, e por isso o defendemos aqui nesse blog, pois vou terminar usando suas próprias palavras ditas em seu próprio blog em 19 de Janeiro (e se tudo isso não é mais verdade voce não enganou somente a mim e meus companheiros, mas a todas as pessoas que liam seu blog e acreditavam em suas palavras):

não me vendi nem estou a venda, continuo com o meu mesmo pensamento e minha mesma ideologia; sou pre-candidato a vereador pelo PSDB meu partido, não abro mão e serei eleito se Deus quiser.
Apesar de ter tido varias conversas com companheiros pretensos a candidatos a vereadores em minha comunidade nada foi resolvido com relação a possíveis acordos na intenção de diminuir o numero de possíveis candidatos na comunidade de Juremal. Assim sendo sou  pre-candidato a vereador e contínuo hoje mais do que nunca sendo o mesmo Gelcione de hoje e de sempre. Conte comigo pois conto com vocês...

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