Estou atualmente em Recife para a entrega definitiva das vias da tese de doutorado, após as correções sugeridas pela banca da defesa, cumprindo rigorosamente o prazo protocolar exigido pelas normas universitárias para obtenção do diploma e estarei de volta a Baraúna nessa segunda-feira a noite. Soube da ida do vereador Maninho à minha residência, assim como do atual prefeito interino municipal Tértulo Alves nesse domingo, o qual tive a oportunidade de manter contato telefônico. Percebi nesse rápido contato a sua intenção de acertar, assim como a utilização da prudência nas suas decisões. Ele deseja a participação nossa em seu governo provisório e a manutenção dessa parceira em caso de sua vitória em novas eleições que possivelmente possam ser realizadas em Baraúna. Nesse ano tive uma primeira oportunidade de contato com Tértulo Alves em Fevereiro quando ele foi a minha residência para discutirmos o projeto de lei do aumento dos docentes municipais, onde estava embutido também a entrada de pessoas de forma irregular para os quadros da prefeitura. Nessa oportunidade, contribuí com algumas sugestões que foram colocadas em prática e o projeto teve êxito. Também sugeri a ele (e penso que deve se lembrar disso) que, caso ele desejasse alçar vôos mais altos na política local, inicialmente deveria assumir a presidência do partido a qual estava filiado (PMN) e, em seguida, formar um grupo de apoio a sua postulação a partir da base constituída de uma série de partidos políticos. Ele conseguiu o controle do partido e quis o destino que também assumisse a prefeitura de forma antecipada. Na verdade, segundo suas próprias palavras (e eu prefiro acreditar nas pessoas até que me provem o contrário), ninguém foi nomeado ainda e não existe equipe formada como se especulam por aí pelas esquinas, até porque ainda não se tem plena certeza do que pode acontecer hoje no TRE-RN, por exemplo, onde ele pode permanecer no cargo de forma provisória, o ex-prefeito Isoares pode reassumir a prefeitura ou até mesmo Luciana Oliveira pode vir a tomar posse. Com esse quadro nebuloso, realmente não tem como montar uma equipe de profissionais para dirigir um município da envergadura econômica que tem atualmente Baraúna.
Gosto de ser uma pessoa de compromisso, mesmo que por conta disso venha a perder, não tem problema. Na última campanha eleitoral o partido que eu dirigia, o PSDB, tinha o compromisso assumido de ter direito a vaga de vice na chapa da oposição, da qual nós abdicamos, consensualmente, para a vinda dos companheiros do PV que ajudaram a fortalecer e construir uma bonita campanha eleitoral. Depois recebemos uma proposta da situação (fato natural em política) para também fazermos parte da vaga de vice destinada a Célia Bezerra, o qual traria vantajosos benefícios políticos para o PSDB que poderia ter eleito tranquilamente de 01 a 02 vereadores. Fui pressionado no apagar das luzes com a realização das convenções pela direção regional mossoroense e pela própria executiva estadual do PSDB para aceitar essa condição que, em termos políticos, seria vantajosa para o partido. Preferi, junto com meus bravos companheiros do PSDB (que eram tidos como "pequenos" e de poucos votos, mas que somente esse pequenos do PSDB renderam 1.560 votos e auxiliaram a eleger 02 vereadores da coligação proporcional que montamos junto com os presidentes do PDT e PT) dizer não e seguir firme com nosso compromisso político firmado votando em Luciana Oliveira para prefeita e Daniel Pereira da Cunha para vereador, pois penso que em termos de compromisso, 2 + 2 é igual a 4 e não 3,5, ou 4,2. Perdemos juntos, assim como poderíamos ter ganho também. Mas foi justamente devido a essa pressão inoportuna da executiva estadual do PSDB querendo impor e mudar decisões própria do grupo municipal do PSDB no apagar das luzes por interesses escusos (que só não foi mudada devido a interferência direta da própria governadora do Estado do Rio Grande do Norte), é que decidi sair do PSDB logo após a finalização das eleições. Poderia ter aceitado a proposta vantajosa da situação, mas não sou companheiro de última hora, pelo contrário, a maioria de minhas lutas políticas foi enfrentando duramente a pujança da máquina administrativa da prefeitura, onde normalmente a pessoas procuram a cômoda sombra. Existem pessoas que jamais saem de lá (seja qual for o prefeito), outras ficam pulando de galho em galho no velho estilo ioiô, outras chegam no apagar da luzes. Prefiro continuar no meu jeito de cumprir com os compromissos assumidos e tenha Tértulo ou qualquer outro prefeito a certeza, de que, caso aceite ficar ao seu lado, você terá um soldado fiel seja qual for o tempo que enfrentar, mas caso também não fique, terá também um adversário do mesmo quilate. Não que minha posição tenha tanta importância assim,até porque não tenho cargo eletivo, não tenho nenhuma prefeitura ou câmara para abrigar ninguém, mas tenho um grupo também de velhos e novos companheiros que me acompanham aonde for graças a essa credibilidade construída ao longo dos anos. Se for pensar que uma eleição em Baraúna foi decidida por 30 votos de maioria (2004) e outra foi decidida com 176 votos de maioria (2012), penso que em eleição qualquer cochilo é decisivo. Para um bom entendedor...
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