Rapidinhas domingueiras....

Poderia ter ido por outro caminho....

Nascí em Mossoró, terra de Santa Luzia, no ano de 1962. Ainda muito pequeno, meu pai foi transferido pelo BNB, onde era contínuo (hoje chamado de office Boy),  para trabalhar em Natal. Fomos morar em 1969 na rua 02 de Novembro, no bairro de Petrópolis, na base do morro de Mãe Luíza e próximo ao farol. Em 1971 meu pai faleceu devido a um acidente e minha mãe teve então que criar sozinha 05 filhos, dos quais eu era o mais velho com apenas 09 anos. Foi morar em Recife em 1973, onde se casou novamente e chegaram mais três irmãos. Passamos a perambular de aluguel de casa em casa. Moramos no morro da Porta Larga, bairro de Prazeres, e aos poucos as dificuldades foram aumentando. Meus irmãos (08 ao todo) passaram a abandonar a escola devido ao fato de minha mãe não ter o dinheiro das passagens de ônibus (nos anos 70 e 80 tudo era mais difícil e não tinha ônibus escolar, não tinha merenda, não 

tinha fardamento distribuído gratuitamente como tem hoje, não tinha material didático distribuído pelas escolas). Conseguí consertar uma bicicleta velha e andava 06 km até a escola e mais 06 km para voltar. Não tinha caderno para escrever, mas observava atentamente as aulas dos professores. Depois a bicicleta quebrou, mas não desisti. Passei a ir a pé, saindo 02 horas antes do inicio das aulas. Todas as escolas que frequentei foram públicas, do ensino primário até as universidades federais. Meu primeiro emprego foi através de concurso público feito para o extinto BANDEPE (Banco do Estado de Pernambuco) onde trabalhei como escriturário e caixa de 1981 a Março de 1987. Passei em outro concurso público no Banco do Brasil, onde fiquei em primeiro lugar no RN, e assumi no dia 06 de Março de 1987 na cidade de Baraúna, tendo trabalhado até o dia 06 de setembro de 1998. Passei também nesse mesmo ano de 1998 em um concurso público realizado pela UERN (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), enfrentando 15 candidatos para apenas 01 vaga. Consegui a vaga e assumi na UERN no departamento de História em 09 de Setembro de 1998 onde leciono até a data de hoje. Nesse espaço de tempo (entre 1998 e 2013) fui eleito vereador por 02 mandatos, presidente da câmara 

por 02 ocasiões, fui secretário municipal da educação baraunense, consegui montar uma rádio comunitária intitulada "rádio cidade" que ficou no ar por pouco mais de 02 anos, publiquei 02 livros (01 sobre a história do município baraunense intitulado "Baraúna sua gente sua história" atualmente esgotado e outro, em nível estadual, intitulado "Os índios Tapuias do Rio Grande do Norte", também atualmente com tiragem esgotada),  fiz especialização em letras e produção de textos pela UFRN em 2003, conclusão do mestrado em arqueologia em 2005 pela UFPE e agora nessa sexta-feira, dia 30/08/2013, conclusão do doutorado em arqueologia também pela UFPE. Esse pequeno histórico foi necessário para que os leitores desse blog vejam que ambientes de pobreza necessariamente não obrigam ninguém a seguir o caminho da marginalidade. Tudo depende tão somente de você e do seu livre arbítrio. 

Valores como persistência, firmeza, objetividade, são necessários quando você sabe o que quer. Os obstáculos são muitos, mas para muitas pessoas é mais fácil tentar levantar uma parede e jogar a culpa de seu fracasso ou de sua incompetência sempre para os outros (afinal é bem mais cômodo encontrar um vilão para que justifique sua fraqueza), difícil mesmo é abrir uma porta ou construir uma janela para enfrentar de peito aberto as adversidades da vida. Deus nos dá o serrote para trabalhar, mas quem tem que aprender a usar é você. Ele pode cortar pelo lado certo...ou não....

Missa de 30 dias....

Informamos que logo mais, as 16:00 h desse domingo (01 de setembro), será realizada na igreja da matriz de Baraúna uma missa de 30 dias decorrentes do falecimento do Sr. Orlando Jalles Dantas. A família informa do ato religioso, ao mesmo tempo em que agradecem a todos pelo comparecimento a esse ato de solidariedade cristã.

Muita especulação e disse-me-disse....

Ser ou não ser....

A semana começa com expectativa em relação a continuação do julgamento do processo judicial eleitoral do atual prefeito baraunense no TRE-RN. Nos bastidores, o atual prefeito tenta passar a imagem de tranquilidade confiante em "forças ocultas" que lhe permitiriam ficar no cargo ou "empurrar" o caso com a barriga, embora os plantões entram madrugada a dentro na prefeitura municipal e a correria por nomeações atrasadas em concursos públicos surgem no apagar das luzes. Pelo lado da oposição existem também a confiança na justiça e da assunção da segunda colocada Luciana Oliveira no cargo de prefeita municipal. O processo não está em pauta (pelo menos de forma oficial) para segunda feira (dia 02/09), mas existe a perspectiva que possa entrar na sessão do TRE prevista para a terça-feira (dia 03/09). Tem gente falando em 2020 e não sabe sequer se chega a terminar 2013.... Como diria um velho observador da política tupiniquim...tem gente que está com o....que não cabe um cabelo....enquanto outros estão arrancando os cabelos que tem na cabeça de tanta ansiedade....no meio de tudo isso interesses diversos.....coisas de paixão política....

A Rosa não vingou....

O governo da Rosa foi enterrado definitivamente há 01 ano e 2 meses de seu término. A saída dos Alves, cantada em prosa e verso nos últimos 06 meses, finalmente se concretizou com os elevados índices de rejeição popular e falta de apoio na base politica. O PR deverá enveredar pela mesma trilha e também pegar o boné. O governo ou "desgoverno" estadual poderá ir manquejando e sangrando até o seu final melancólico ou sofrer até mesmo uma intervenção federal devido as trapalhadas do poder executivo batendo de frente com o poder judiciário. Um governo que. assemelhado ao fenômeno da borboleta natalense, foi eleito no bojo de uma grande esperança popular, sucumbe devido principalmente as interferências pitaqueiras maritais. Chegou o mês de setembro e as rosas não vingaram.....

Pra Não Dizer Que Não Falei do Verso

Beto Mi

Embora eu tenha quase uma felicidade

E uma tristeza por saber que vou embora

Embora eu tenha tanto medo da saudade

Sempre me encontro junto com minha viola

Ô ê ô á junto com minha viola

Ô ê ô á junto com minha viola

Embora eu tenha que viver sempre da hora

Às vezes, fujo pra poder viver agora

E também tenho que guardar coisas por dentro

Embora tenha que engolir coisas por fora

Ô ê ô á que engolir coisas por fora

Ô ê ô á que engolir coisas por fora

Às vezes, tenho que fazer minha cabeça

Uma sentença me explode na memória

E reconheço antes que o mal aconteça

E sigo avessa até chegar à vitória

Ô ê ô á até chegar à vitória

Ô ê ô á até chegar à vitória

Embora eu queira viver só fazendo verso

Mudando rimas, procurando uma saída

Mesmo que saiba que a realidade é dura

Vou me limpando na sujeira dessa vida

Ô ê ô á na sujeira dessa vida

Ô ê ô á na sujeira dessa vida

Embora eu veja que esse mundo anda errado

Eu ando certo vivendo dentro do erro

Eu sou errado sempre nesse meio-termo

Eu ando perto mas sempre vivo de lado

Ô ê ô á mas sempre vivo de lado

Ô ê ô á mas sempre vivo de lado

 E cumprimento o lado que é do outro lado

O outro lado que é o outro lado do preço

E só não falo porque ele foi censurado

Porque é do lado do lado de lá do verso

Ô ê ô á do lado de lá do verso

Ô ê ô á do lado de lá do verso

E cumprimento o lado que é do outro lado

O outro lado que é o outro lado do preço

E só não falo porque ele foi censurado

Porque é do lado do lado de lá do verso

Ô ê ô á do lado de lá do verso

Ô ê ô á do lado de lá do verso

                                     Pra não dizer que não falei do verso - Beto Mi