Rapidinhas domingueiras...

Os ventos mudam...

A possibilidade de novas eleições em Mossoró e Baraúna fazem trazer a tona o recrudescimento da paixão política inerente a cada eleitor, insuflando discussões acaloradas e tendências individuais e coletivas.

No caso de Mossoró, o grupo situacionista que ocupava (e parte dele ainda ocupa o poder) está mais rachado que arroz de terceira, com mais candidatos que eleitores. O presidente da câmara Francisco Silveira, que assumiu a prefeitura, por estar no controle da máquina administrativa, se arvora ao direito natural de ser o candidato nas vindouras eleições que deverão ser realizadas em breve. O grupo da ex-prefeita Cláudia Regina tem nas mangas um outro nome, mas poderá correr para as asas do Francisco Silveira fazendo jus ao ditado que é melhor perder os anéis mas resguardar os dedos, principalmente pelos atritos seculares de falsidade política do apoio forçado de Carlos Augusto e Rosalba a ex-prefeita nas eleições de 2012. Apoio esse que aconteceu a fórceps e no apagar da luzes da inscrição das candidaturas, já que não conseguiram emplacar a insossa irmã de Rosalba, Ruth Ciarline, que nem boia e nem afunda no cenário político. Ã vantagem do situacionismo está justamente na inércia política e genética  da oposição que gravita sempre nos nomes familiares da deputada Sandra Rosado, por bem ou por mal (que o diga o defunto político Josivam Barbosa do PT que foi sepultado com discurso e tudo no ralo do esquecimento sendo obrigado goela adentro a ser vice de Larrisa Rosado), ou em outra palavras, o situacionismo mossoroense pode estar com problemas, mas ainda consegue, com todos os atropelos possíveis, superar a fragilizada oposição que mantém o velho estilo decadente de José Serra de ser surrado frequentemente nas urnas e ainda querer ser o candidato eterno.

No caso de Baraúna a coisa se inverte e o grupo situacionista padece do velho problema do isolamento político ao ficar enclausurado administrativamente com 01 ou duas pessoas e não dialogar com as demais pessoas do próprio grupo. O prefeito Isoares não conseguiu atrair ninguém da oposição, não conseguiu maioria na câmara municipal (objetivo que 90% dos prefeitos brasileiros conseguem com facilidade e habilidade) e está perdendo aliados e soldados da campanha eleitoral que dizem  coisas dele hoje que nem o diabo gostaria de escutar. Realizou nesse primeiro ano algumas obras de infraestrutura no município (através de recursos de emendas federais obtidos na gestão anterior ), principalmente construção/reformas de praças e perfuração de poços, conseguindo capitalizar a simpatia de parte de segmentos da da população nativa por conta dessas obras, mas sua praticidade ao extremo o impede de tirar o argueiro político dos olhos, emprenhando pelos ouvidos ao escutar somente 01 pessoa e não perceber que ao sair do poder, a conversa é totalmente outra.A oposição está na espera das decisões judiciais e apesar das pequenas divergências circunstanciais partidárias, no frigir dos ovos, tenderá a se unir em torno do atual presidente da câmara em caso de uma nova eleição. O presidente que sofreu  pequenos arranhões na sua boa imagem politica (até porque errar uma vez é natural e na segunda já passa a ser burrice) na sua meteórica passagem pela prefeitura (devido ao velho ditado de que "dize-me com quem tu andas e te direi quem tu és") ao se deixar manietar e virar marionete, mas terá uma segunda oportunidade de colocar os trens nos trilhos, aglutinar os partidos oposicionistas e colocar o bloco na rua. Vamos em frente.

                                                      Vida marvada - Rolando Boldrim