Um benevólo leitor desse blog me pediu para opinar sobre a possilidade de apoiar uma candidatura situacionista. Vou externar minha opinião sobre essa possibilidade. Eu não sou de esconder jogo e minhas posições são bem claras e colocadas para todo o grupo do PSDB com total transparência.
Embora tenha apoiado na maior parte das vezes candidaturas da oposição, já apoiei candidaturas da situação, como foi o caso da reeleição de Gilson professor no ano de 2000. Penso que a raiz dos problemas administrativos de Baraúna está realmente no centralismo administrativo que o ocupante do cargo de prefeito puxa para si como forma de aumentar seu populismo e criar músculos para uma reeleição futura. Dessa forma nenhum secretário tem autonomia para nada, sem passar pelas mãos diretas e o OK do secretário de finanças ou do prefeito, ou seja, mesmo que a secretaria tenha um orçamento, mas o secretário não pode disponibilizar, planejar e executar diretamente esse orçamento, pois dependerá da "análise" e "aprovação" do prefeito e do secretário de finanças. Muitos desses secretários só fazem receber o salário no final do mês e mais nada, muitas vezes oriundos de acordos políticos para acomodar novos aliados. Portanto o secretário municipal não possui competência, mesmo que tenha, por que ele está totalmente atado aos humores do secretário de finanças e ao que ele quer fazer. Em suma: sem autonomia não existe secretário bom ou ruim. Existe somente assalariado de confiança (ou seria de desconfiança?). E foi justamente essa ausência de autonomia que me fez entregar o cargo logo no início da atual administração. Eu não sou uma pessoa que fica acomodado somente recebendo o salário.
Isso não é uma prática somente dos atuais ocupantes do poder executivo, mas ocorria também na gestão de Gilson Professor e na gestão de José Araújo, porque a verdade cabe em qualquer lugar. Não tenho grandes esperanças que isso vá mudar com A ou com B, pelo menos a curto prazo, pois as promessas de campanha os ventos as levam, não tenho ilusões quanto a isso. É uma questão de cultura política e administrativa que já foi resolvida nos países avançados,mas ainda não chegou aqui no Brasil, e muito menos em nossa Baraúna.
Daí que vejo com esperança, afinal é ela que nos move,uma luz numa candidatura de oposição para que talvez isso começe a ser pensado em Baraúna. Não tenho nada pessoal contra o atual pré-candidato do prefeito, afinal de contas não foi nele que votei para ser prefeito.Se ele ocupou espaços a mais do que deveria foi por competência dele e fraqueza de quem deveria não deixar isso acontecer. Afinal de contas autonomia deve ser dada, mas também não pode ser absoluta, afinal de contas tudo em excesso prejudica.
Dizer que administração foi boa para Baraúna, claro que foi. Dizer que as obras aconteceram, claro que aconteceram e acontecem. Mas isso não significa que o povo está satisfeito, pois faltou a parte principal que se chama política. Voce pode dar ouro em pó, casa, comida, asfaltar ruas, iluminar praças, aparelhar hospitais, fazer estradas..etc. Mas de repente aquele simples eleitor prefere votar em quem lhe dá somente um sorriso. Seria compreensível, não. Afinal de contas a política é uma paixão. E a paixão não tem racionalidade. Ela simplesmente explode e não sabe quem vai atingir. Isso é no futebol, no amor e porque seria diferente na política.
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