O PMDB ressurge das cinzas...

Agora está resolvido: o PMDB baraunense fica sob o controle do ex-prefeito Gilson Oliveira. A ata foi assinada e endossada pelo deputado federal Henrique Alves e em breve haverá a posse da comissão executiva em grande evento a ser realizado em Baraúna.
Cabe ao ex-prefeito Gilson iniciar um processo de recuperação dos quadros pemedebistas. O partido passou por um processo de desmantelamento que teve ínicio a partir 2004 quando além de eleger a vice-prefeita, chegou a eleger 06 vereadores. Na eleição posterior (2008) nem da chapa majoritária participou e o número de vereadores foi reduzido a metade, ou seja, somente 03 vereadores do partido foram eleitos. Hoje (2011) apenas 01 desses vereadores permanece fiel ao prefeito, 01 outro já não o apoia mais e 01 outro vereador fica no estilo rio São Francisco, ou seja, gosto de Juazeiro, mas adoro Petrolina.
Entretanto, apesar desse descrédito, o poder simbólico da cor verde era fartamente utilizada pelos outros partidos (leia-se PR, PV, PC do B) para pedir votos para o prefeito atual quando de sua reeleição. O pré-candidato do prefeito lutou com unhas e dentes para assegurar o controle do partido, mas esqueceu de um detalhe primordial: os deputados sabem fazer contas de matemática.
Apesar do apoio eleitoral prometido ao deputado Henrique Alves quando das eleições de 2010, o pré-candidato deixou que as querelas municipais falassem mais altos que os interesses futuros. Os votos prometidos para Henrique foram descarregados para o deputado federal João Maia (que teve praticamente o dobro de votos de Henrique). Quando foram somados os votos dos estaduais Walter Alves e Larissa Rosado, coincidentemente, batiam com o nome de João Maia. O pré-candidato pensou que tinha obtido uma vitória momentânea, mas foi uma vitória de Pirro e cometeu um erro primário que poderia ter sido evitado com uma boa assessoria política. Preço da fatura: a perda do PMDB local.
Já o prefeito jogou na lata do lixo da História toda uma biografia construída junto ao casal Rosalba-Carlos Augusto e se jogou de corpo, alma e prefeitura adentro na candidatura de Iberê, tentando derrotar a oposição e mostrar que ele era realmente a grande liderança de Baraúna. Teve uma derrota avassaladora na votação majoritária, perdeu a pouca credibilidade que ainda tinha com o casal e vê, pouco a pouco, a oposição de fortalecer. O prefeito também cometeu um erro primário: quando o povo quer não tem jeito que dê jeito e o povo queria Rosalba governadora. Preço da fatura: limbo na esfera governamental em nível de Estado.