segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um erro não conserta o outro....

Calçamento de paralelepípedos no Arco do Triunfo em Paris
Existem vários exemplos de estradas, ruas, praças e pátios construídas há milênios com paralelepípedo e que ainda hoje servem a população, de forma eficiente e barata. Esses pavimentos de paralelepipedo resistiram aos séculos. São o testemunho de uma prática ecológica e eficiente de se urbanizar as cidades e garantir o bem estar dos moradores. Há uma infinidade de cidades milenares com pavimentações de paralelepipedo, que são preservadas na atualidade. Veja algumas onde os pavimentos com mais de 1000 anos de idade encontram-se em perfeito estado e parecem ter sido feitos recentemente, como é o caso de:

Calçamento de paralelepípedos em Lisboa
Capela Sistina em Roma de 1508 a 1512, o calçamento foi feito 20 anos depois
  • Coliseu em Roma concluído no ano 37, sem registro do ano do calçamento
  • Praça vermelha em Moscou pavimento em pedra feito provavelmente há 1200 anos
  • Avenida Damrak centro de Amisterdan pavimento com mais 350 anos
  • Arco do Triunfo Paris, calçamento com mais de 700 anos
  • Lisboa - Portugal, pavimento com mais de 500 anos em perfeito estado de conservação
  • Ladeiras da cidade de Ouro Preto, calçamento feito por volta do ano de 1720
  • Praça em Ouro Preto, calçamento tombado no centro histórico.
Calçamentos viáveis
Bem aí perguntamos: os calçamento com ruas utilizando os paralelepípedos são viáveis? a resposta é sim. Os pavimentos de paralelepípedos inter-travados e com rejuntamento de areia ou pedrisco, são considerados ecologicamente corretos uma vez que permitem a infiltração da água de chuva recarregando o lençol freático e minimizando os efeitos de enchentes. Os pavimentos de paralelepipedo além de absorver menos calor, propiciam o crescimento de determinadas gramíneas que, além de ajudar a diminuir a temperatura, captam CO2 que é expelido pelos carros, partículas coloidais carregadas de nutrientes que poluem os cursos d’água. A recuperação dos pavimentos de paralelepipedo fica perfeita quando bem executado.
 Ai vem a pergunta que não quer calar. Porque os calçamentos de paralelepípedos feitos em Baraúna pela atual gestão não completam 01 ano de aniversário e já estão pipocando? algumas causas podem explicar esse trabalho de má qualidade.
Exemplo de calçamento bem executado....
a) o solo foi mal compactado (incluindo várias falhas tais como ausência de acompanhamento topográfico, não utilização de compactador mecânico adequador, etc);
b) alinhamento incorreto das pedras de paralelepípedos provocando espaços não preenchidos.
c) utilização de material de má qualidade;

O que caberia a prefeitura municipal seria exigir um selo de qualidade das empresas que efetuassem o calçamento, assim como exigir a imediata resolução das eventuais falhas sem ônus para a prefeitura. No nosso entendimento se deveria na verdade substituir imediatamente a empresa executora por outra que faça um trabalho de excelente qualidade, mas aí entra os interesses políticos e financeiros do gestor municipal que geralmente tem um apadrinhado que ajudou em sua campanha eleitoral e com que ele não pode "falhar". No fundo todos nós sabemos como funciona a "hipocrisia" das comissões e dos processos das licitações municipais. Quem paga o preço desse "apadrinhamento" desastroso? a população baraunense que paga seus impostos e vê os recursos públicos irem para o ralo.

Apesar de não gostar de ficar olhando para o retrovisor, mas Baraúna possui excelentes ruas calçadas com paralelepípedos nos governos de José Bezerra (que calçou a rua por tràs do mercado público), José de Araújo Dias (que calçou a rua São Francisco e a Rua Inácio Reinaldo) e Francisco Gilson de Oliveira (que calçou 16 ruas na zona urbana). Então porque somente no governo de Aldivon Nascimento (que foi justamente quem mais calçou ruas na zona urbana)  esses calçamentos não prestam e tem que ser constantemente submetidos a reparos tipo tapa-buracos? cabe aí ao cidadão uma reflexão.

Chega de justificativas e transferir responsabilidades para o passado com argumentos políticos pífios. Se alguém fez algo errado no passado não é motivo para justificar as falhas do governante no presente. Não se deve comparar administrações pelos erros, mas sim pelos acertos. O município de Baraúna hoje possui quase 30.000 habitantes e exige excelente qualidade nos serviços públicos prestados. Longe de mim querer comparar Baraúna com países desenvolvidos do primeiro mundo. Sabemos bem de nossa realidade. Mas exigir serviços públicos de boa qualidade é um direito de todo cidadão que habita o planeta Terra e paga seus impostos em dia seja ele parisiense, romano ou baraunense.

                                                  HEY JUDE- KIKO ZAMBIANCHI



2 comentários:

  1. Se os nossos governantes não tiverem coragem de fazer uma legislação com disciplinamento do transito , de consequencia na proibição de se trafegar com toneladas acima do normal como acontece em baraúna,com certeza não haverá calçamento ou pavimentação. veja o caso de todos as cidades que primam pelo seu desenvolvimento, com leis que regulam tal transito, pois as estradas e ruas foram feitas com normas tecnicas que falam também deste problema;assim sendo veja que os calcamentos feitos pertos dos armazens de cargas todos eles passam por problemas ,pois a tração dos carros carregados trazem com muita frequencia estes casos. Proibir o trafego de cargas acima do pesso normal dentro de uma cidade é também obrigação do gestor.

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    1. É verdade. Pois no nosso estado a maioria das cidades pequenas tem um desvio, tiramos exemplo qdo vamos para a querida Porta Alegre, onde passamos por várias cidades : Umarizal, Viçosa, e algumas outras, mas, não pasamos pr dentro destas, passamos pela br, que tbm de qualquer forma é um desvio, livrando assim o calçamento de muitas e muitas toneladas diariamente... E aqui em baraúna, apesar de já estar sendo construído, mas ainda estar muito lento.... Vamos ver senhores gestores se desafoga o trânsito da avenida Jeronimo Rosado, principalmente nos horários de pique. Manhã e a tardinha..

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