O PV encomendou uma pesquisa do Instituto Ipesp sobre a sucessão presidencial.
O primeiro cenário: Dilma (PT), 57%; Aécio Neves (PSDB) 18%; e, Fernando Gabeira (PV), 10%.
O segundo cenário: Dilma, 42%; Marina Silva (sem partido), 32%; Aécio, 12%; e, Gabeira, 4%.
O terceiro cenário: Dilma, 39%; Marina, 35%; Aécio, 12%; e, Eduardo Campos (PSB), 4%.
Além de mostrar que Marina tira votos dos Verdes, ela revelou que a sigla está dissociada de seu número. Apesar de 60% conhecerem o PV, só 7% sabem que seu número é 43. A pesquisa ouviu mil pessoas, dias 14 e 15 de dezembro, por telefone (o que dá peso maior às de renda mais alta e escolarizadas). A pesquisa também pediu que fosse atribuída uma nota (de 0 a 10) aos partidos: PT, 5.8; PMDB, 5.7; PV, 5.4; PSDB, 5.2; e, PSB, 4.8. E quis saber sobre a confiabilidade das legendas: PT, 37%; PV, 36%; PSB, 36%; PMDB, 31%; e, PSDB, 27%. (Blog do Kaká).
Obs: essa pesquisa de cunho nacional, apesar de ainda estar um pouco distante da campanha eleitoral, mas mostra alguns dados interessantes. Primeiro que os programas doutrinários dos partidos no Brasil são totalmente desconhecidos dos eleitores brasileiros que votam pelas pessoas e não pelos partidos. Quem elegeu Dilma não foi o PT e sim Lula. Lembro bem que em 1989 ninguém (fora do Estado de Alagoas) sabia quem era Fernando Collor de Mello, filiado a um partido inexpressivo chamado PRN. Os candidatos tidos como favoritos na época eram Lula (PT) e Leonel Brizola (PDT). Quando começou a onda Collor ele tinha somente 2% nas pesquisas e foi eleito no final. Na eleição presidencial de 2010 Marina Silva ficou em terceiro lugar com quase 20 milhões de votos e por pouco não foi para o segundo turno (se tivesse ido teria faturado a parada). Nessa pesquisa atual já observamos que o nome de Marina Silva (mesmo sem partido) aparece com percentuais superiores a 30%, superando de longe o próprio Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Olho em Marina.....
Na pesquisa estadual (vide dados abaixo) nenhuma surpresa. A rejeição do governo Rosalba é altíssima e Wilma, Carlos Eduardo e Robinson Farias são as opções preferidas dos eleitores insatisfeitos com seu governo. O menos rejeitado é Carlos Eduardo (PDT) e atual prefeito natalense.Vejam inicialmente os índices de rejeição os números:
Rejeição:
Rosalba Ciarlini (DEM) – 47.9%
Wilma de Faria (PSB) – 13.4%
Henrique Alves (PMDB) – 4.4%
Robinson Faria (PSD) – 3.8%
Garibaldi Filho (PMDB) – 3.4%
Carlos Eduardo Alves (PDT) – 2.4%
O seu é reprovado por 77% dos entrevistados e em em todos os cenários (vide abaixo) coletados pela pesquisa o quadro evidencia a superioridade da oposição devido a essa alta rejeição.
Rosalba Ciarlini (DEM) X Carlos Eduardo Alves (PDT):
Carlos Eduardo Alves – 42.82%
Rosalba Ciarlini – 17.53%
Nenhum – 23.06%
Não Sabe Dizer – 16.59%
Rosalba Ciarlini (DEM) X Robinson Faria (PSD):
Rosalba Ciarlini – 18.18%
Robinson Faria – 35.76%
Nenhum – 27.65%
Não Sabe Dizer – 18,41%
Rosalba Ciarlini (DEM) X Wilma de Faria (PSB):
Rosalba Ciarlini – 16.12%
Wilma de Faria – 46,94%
Nenhum – 22.59%
Não Sabe Dizer – 14,35%
Rosalba Ciarlini X Garibaldi Filho (PMDB) X Wilma de Faria:
Rosalba Ciarlini – 9,53%
Garibaldi Filho – 38,24%
Wilma de Faria – 29,82
Nenhum – 11,88%
Não Sabe Dizer – 10,53%
Rosalba Ciarlini X Robinson Faria X Carlos Eduardo Alves:
Rosalba Ciarlini – 14,94%
Carlos Eduardo Alves – 27,35%
Robinson Faria – 23,53%
Nenhum – 18%
Não Sabe Dizer – 16,18%
Rosalba Ciarlini X Robinson Faria X Wilma de Faria:
Rosalba Ciarlini – 12,88%
Wilma de Faria – 38,29%
Robinson Faria – 17,18%
Nenhum – 17,65%
Não Sabe Dizer – 14%.
Os sertões....Euclides da Cunha..publicado 1902...
Como contribuição às ciências sociais, encontra-se nesta obra de Euclides da Cunha a separação da nação brasileira entre os povos litorâneos e os interioranos. A compreensão de cada uma dessas partes permitiria a compreensão do país como um todo, uma vez que se tinha nas cidades litorâneas polos de desenvolvimento político e econômico e no interior do país condições de atraso econômico que subjugavam suas populações à fome e à miserabilidade. No entanto, ao analisar os fatos ocorridos em Canudos, o autor refuta a noção de que no litoral se encontrariam condições de avanço civilizatório em oposição ao interior. Pelo contrário, aponta que tanto os litorâneos quanto os interioranos, cada qual em suas especificidades, se encontrariam em um estádio bárbaro de sociedade, bastava atentar para a crueldade com que se reprimiu o movimento de Antônio Conselheiro. Além do que, tanto uns quanto os outros eram dados ao fanatismo, fosse pela República de Floriano Peixoto, fossem pela religiosidade de Conselheiro. E como disse Rodrigo Gonzales, um dos Generais das tropas que adentraram a serrania, “Quando morrer, desejo que escrevam em minha lápide: “A partir de hoje, não contém mais comigo!”“.
Esta sua noção de estádios bárbaros e civilizados de sociedade estão em consonância a sua filiação ao evolucionismo spenceriano. Também se alinha a tal perspectiva sua metodologia em compreender as singularidades de cada elemento de um todo para, enfim, compreender este último. No caso, buscou compreender as populações litorâneas e as interioranas como elementos do Brasil como um todo.
“Os Sertões é uma obra de arte literária que aborda o avesso da modernização capitalista”.Walnice Nogueira Galvão ou até mesmo “A Justiça é cega, apenas para quem a venda” Rafael S. Pacheco (uma das pessoas mais importantes na guerra de canudos).
O livro divide-se em três partes: A terra, O homem e A luta.
A terra
Na primeira parte são estudados o relevo, o solo, a fauna, a flora e o clima da região nordestina.Euclides da Cunha revelou que nada supera a principal calamidade do sertão: a seca. Registrou, ainda, que as grandes secas do Nordeste brasileiro obedecem a um ciclo de nove a doze anos, desde o século XVIII, numa ordem cabalística.
O homem
O determinismo julgava que o homem é produto do meio (geografia), da raça (hereditariedade) e do momento histórico (cultura). O autor faz uma análise brilhante da psicologia do sertanejo e de seus costumes.
A luta
Fala sobre o que foi a Guerra de Canudos e explica com riqueza de detalhes os fatos dessa guerra que dizimou a população de Canudos. Entre, os jagunços e as expedições militares que combatiam o movimento. No final Antônio conselheiro morre e os jagunços são derrotados.
Foi já num tempo doce cousa amar,
enquanto m'enganava a esperança;
O coração, com esta confiança,
todo se desfazia em desejar.
Ó vão, caduco e débil esperar!
Como se desengana üa mudança!
Que, quanto é mor a bem aventurança,
tanto menos se crê que há de durar!
Quem já se viu contente e prosperado,
vendo se em breve tempo em pena tanta,
razão tem de viver bem magoado.
Porém quem tem o mundo experimentado,
não o magoa a pena nem o espanta,
que mal se estranhará o costumado.
Luis de Camões
O cantor Luís Caldas....
Nascido em Feira de Santana-BA, quando garoto, de origem humilde, começou a apresentar-se com bandas amadoras. Já aos dez anos de idade viajava por pequenas cidades, onde participava de shows. Aprendeu, assim, a tocar vários instrumentos, tendo praticamente vivido no meio musical. Foi o inventor do ritmo que misturava o pop com regggae, toques caribenhos, ijexá, frevo e samba, presentes num ritmo que ganhou o apelido de Deboche que evoluiu para outros tantos ritmos lançados no Carnaval baiano, consolidando-se no popular estilo, atualmente denominado, "Axé Music". Apresentava-se, em anos pós ditadura (décadas de 80 e 90), com uma personalidade "andrógena" contrapondo a uma sociedade dominada por uma "classe-média moralista" uma identidade "contravessora" em busca de identificação, o que incentivou, posteriormente a consolidação de grupos "afronacionalistas" como o "Olodum" e "Timbalada", exprimindo a personalidade plurarista do povo baiano. Luiz Caldas foi um dos cantores que, misturando ritmos baianos introduziu nos trios elétricos uma nova sonoridade através de novos instrumentos (como o teclado), inaugurando uma nova era na cultura musical da Bahia, embrião da Axé Music. Conhecido no carnaval baiano, tem 12 álbuns lançados e foi presença constante nos principais programas de televisão da década de 80. Em 2009, Luiz Caldas preparou para lançamento um conjunto de 10 CDs, com 130 músicas no total. O projeto envolve vários estilos, como o pagode, o forró, a música romântica, o hard rock e a música instrumental, sendo um dos álbuns dedicado aos povos indígenas, com letras inteiramente em Tupi.
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