sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Rapidinhas da sexta.....

A questão levantada do "banco de dados" com relação ao recenseamento do funcionalismo público municipal é uma faca de dois gumes para o atual prefeito, pois o que existe de gente com dois cargos públicos e carga horária superior a 60 horas não é brincadeira. Devido aos baixos salários, principalmente os professores e o pessoal da saúde, que são obrigados a darem dois e até três expedientes em locais diversos para conseguirem sustentar suas famílias. Muita gente do próprio lado do prefeito e se for até o fim terá que cortar a "própria carne". A lista é quilométrica e vai mexer num vespeiro, mas como ele diz que será pra valer e sem "arrumadinhos por debaixo dos panos", vamos aguardar. Em termos de problemas não resolvidos de início de gestão vejo a milenar reclamação do ônibus dos estudantes para Mossoró (é incrível como não entrou ainda um prefeito para resolver esse problema - entra janeiro e sai janeiro e é a mesma coisa), a questão do abatedouro público municipal e o reajuste dos professores públicos municipais. Com relação aos aspectos positivos vejo o recapeamento asfáltico de várias artérias urbanas que acabarão de vez com o eterno pipocar do calçamento "mala e cuia" e uma melhoria da imagem no relacionamento pessoal do prefeito com os munícipes.

Por falar em problema, publico aqui uma solicitação desesperada de um taxista, pai de família e trabalhador, que clama por solução. Espero que o senhor prefeito e os vereadores atentem urgentemente para essa questão que afeta muitos trabalhadores baraunenses que vivem da rotina diária, estressante e cansativa dentro de um automóvel para conseguir levar alimentos para seus filhos:

VALDECI PELO AMOR DE DEUS NOS AJUDE O PREFEITO FILHO DE UMA ONÇA QUE TOMAR AS VAGAS DE TAXI DE PROPRIETARIOS QUE NÃO USA COMO OS FILHO DE CHICO BOMBEIRO ENTRE OUTROS ELE JUNTO COM O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS TAXIS ESTÃO APUNHALANDO PELAS COSTAS ESSA PESSOAS E QUEM TEM A SUA VAGA VAI TER QUE IR NA PREFEITURA MOSTRA A CARA PARA O PREFEITO MAU CARACTER E PEGAR UMA LIBERAÇÃO PARA TRANSITAR O CARA MAU CHEGOU JA QUE BAGUNÇA TUDO SO DIGO UMA COISA E DA VEZ QUE UM PREFEITO SE LASCA SE ISSO ACONTECER MESMO EO PRESIDENTE BAJULADOR DA ASSOCIAÇÃO E PIOR DO QUE ELE ATE RETORNOS FECHOU ONDE VAMOS PARA NOS AJUDE O QUE VC DIZ DESSE FATO NOVO E QUAL PROCEDIMENTO DEVEREMOS TOMAR CASO ISSO VENHA ACONTECER MESMO PUBLIQUE POR FAVOR.


A possível vinda da Caixa Econômica Federal para Baraúna seria muito bem vinda, pois não há nada do que uma boa concorrência para que as coisas comecem a mudar. As reclamações com o mau atendimento no Banco do Brasil baraunense já renderam várias insatisfações dos clientes junto a imprensa e ao ministério público. Com exceção do amigo Pinheiro que sempre tratou bem durante muito anos a clientela, a maioria dos funcionários não tinha uma identificação maior com o município baraunense. O monopólio não é salutar para ninguém e é uma boa medida que certamente trará um melhor atendimento para todos. Mas que seja uma estrutura logística a altura dos baraunenses, porque aquele atendimento do Bradesco também é um desastre, irritando a paciência de qualquer um devido ao espaço apertado e a pequena quantidade de funcionários para atender.

A presidência da câmara federal é um jogo de xadrez onde ninguém é bobo e todo mundo quer ser esperto, mas todos se fazem de "inocentes" e de que não foi "informado" do que está acontecendo. O PMDB sabe que pode estar sendo traído e a fritura de Henrique Alves é um claro sinal do PT de que está preocupado com 2014. Quanto ao PMDB sabe que se não botar a faca no pescoço, poderá ter o tapete puxado. Entre sorrisos, falsidades e tapinhas nas costas, Henrique Alves vai cambaleando tentando sair da areia movediça em que se encontra em busca de um solo mais compacto. Mas como já disse o cardeal Richelieu..."a traição é apenas uma questão de datas".... nada mais....


O Guarani - José de Alencar - publicado em 1857

Na primeira metade do século XVII, Portugal ainda dependia politicamente da Espanha, fato que, se por um lado exasperava os sentimentos patrióticos de um frei Antão, como mostrou Gonçalves Dias, por outro lado a ele se acomodavam os conservadoristas e os portugueses de pouco brio. D. Antônio de Mariz, fidalgo dos mais insignes da nobreza de Portugal, leva adiante no Brasil uma colonização dentro mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. Representa, com sua casa-forte, elevada na Serra dos Órgãos, um baluarte na Colônia, a desafiar o poderio espanhol. Sua casa-forte, às margens do Pequequer, afluente do Paraíba, é abrigo de ilustres portugueses, afinados no mesmo espírito patriótico e colonizador, mas acolhe inicialmente, com ingênua cordialidade, bandos de mercenários, homens sedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinara um homem desarmado, a troco do mapa das famosas minas de prata. Dentro da respeitável casa de D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente urdindo seu plano de destruição de toda a família e dos agregados. Em seus planos, contudo, está o rapto da bela Cecília, filha de D. Antônio, mas que é constantemente vigiada por um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa por tê-la salvo certa vez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais alta gratidão de D. Antônio e mesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como a um irmão.

A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido. A luta que se irá travar não diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todos os que não o acompanhem. 

Pela bravura demonstrada do homem português, têm importância ainda dois personagens: Álvaro, jovem enamorado de Ceci e não retribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie de comandante de armas, leal defensor da casa de D. Antônio. Durante todos os momentos da luta, Peri, vigilante, não descura dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas de traição ou de rapto de Ceci. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando a luta passo a passo. Num momento, dos mais heroicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce a montanha e vai lutar "in loco" contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. 

Depois de encarniçada luta, onde morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (a esta altura enamorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz o cadáver de Álvaro morto em combate com os aimorés. Dá-se então o momento trágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo. Loredano continua agindo. Crendo-se completamente seguro, trama agora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos supõe, é preso e condenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens é cada vez maior. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possível para que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiam salvar. Descendo por uma corda através do abismo, carregando Cecília entorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, Peri, consegue afinal chegar ao rio Paquequer.

Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até que ouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem os aimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios e portugueses. Testemunhas únicas do ocorrido, Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando a fúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido. Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio de Janeiro, para onde iria. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. A tempestade faz as águas subirem ainda mais. Por segurança, Peri sobe ao alto de uma palmeira, protegendo fielmente a moça. Como as águas fossem subindo perigosamente, Peri, com força descomunal, arranca a palmeira do solo, improvisando uma canoa. O romance termina com a palmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes Alencar ter sugerido, nas últimas linhas do romance, uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira...


Para as vovozinhas...
Mocinho preste atenção
E tu falasse em vovozinha
Querendo me fazer pouco
Porém eu não perco a linha
Se ela é morta Deus que dê
Bom lugar para esta velhinha
Se ela é viva e me escutar
Dê valor pra ideia minha

Menino eu tenho certeza
Que tu já te arrependeu
O ventre que te gerou
Daquela velha nasceu
Para criar sua mãe
E sabe lá quanto sofreu
Foi por intermédio dela
Que o senhor apareceu

                          
Menino tu me perdoa
Mais não posso ficar quieto
Garanto que a tua vó
Rezou muito pelo neto
Para que tu te criasse
Um homem honesto e correto
E o senhor não sabe dar
Pra ela o valor completo

Você me fez pouco caso
Porém a mim não me afeta
Porque o perdão tem lugar
Pra pessoa analfabeta
Já atendi seu pedido
Escuta calmo e te aquieta
E nunca mais faço pouco
De a memória de um poeta

Aí oh platéia me perdoe
De tudo que eu disse agora
E o senho caro mocinho
Meu verso não ignora
O relógio tá dizendo
Gildo Freitas vai te embora
Boa noite que eu vou com Deus
E fiquem com Nossa Senhora.

Gildo de Freitas
  


Aos 17 leitores diários desse blog da querida terra portuguesa...uma homenagem....

                                     UMA CASA PORTUGUESA - AMÁLIA RODRIGUES


Um comentário:

  1. Eis a razão amigo Valdeci de seu blog ganhar respeito e admiração dos cidadãos de Baraúna, e ser ao meu ver o mais acessado na cidade, a coerência e a exposição dos anseios da maioria da população mais carente QUE REALMENTE CLARA PELA QUEDA DO MONOPÓLIO DO BANCO DO BRASIL EM NOSSA CIDADE,ninguém merece ser destratado e desrespeitado tanto tempo assim, são cobranças de juros injustas, arrumadinhos junto a prefeitura, entre outros casos, MUITO FELIZ A SUA ABORDAGEM, espero que sinceramente isso acontece o mais rápido possível e que a caixa econômica federal tenha uma estrutura digna da necessidade da nossa população.

    ResponderExcluir