domingo, 20 de janeiro de 2013

Rapidinhas domingueiras....

Um mau exemplo do Ceará...

Com 174 dos 184 municípios cearenses em estado de calamidade pública, na pior seca dos últimos 70 anos, o governador Cid Gomes (PSB) inaugurou ontem um hospital em Sobral, sua cidade, com show de Ivete Sangalo. Somente ela recebeu dos cofres públicos um cachê de R$ 650 mil. Técnicos do setor avaliam que o dinheiro seria suficiente para levar água a pelo menos três municípios de pequeno porte.Somando o cachê de Ivete Sangalo às despesas de produção, o custo da festa de Cid Gomes pode haver superado R$ 1 milhão. Nota do Blog – O processo de espoliação desse povo nordestino tem uma história multissecular. O coronelismo campesino mudou-se para a cidade, mas continua o mesmo.Os donos do poder riem da própria desgraça que ajudam a produzir e manter. (Blog do Carlos Santos-19.01.2013).
Nota do blog: Particularmente não tenho nada contra os shows públicos e oficiais de quem quer que seja, mas penso que existe os momentos adequados para isso, principalmente quando estão envolvidos diretamente recursos públicos. A seca que grassa de forma terrível em todo o nordeste brasileiro vem matando milhares de animais diariamente e provocando doenças nos irmãos nordestinos pelo consumo de água inadequada. O momento não é de festa com recursos públicos e sim de prestar toda solidariedade com quem está sofrendo diretamente os efeitos dessa calamidade natural. O governo cearense perdeu uma boa oportunidade de aplicar esses recursos com medidas eficazes para minimizar as consequências dessa seca e para ajudar os seus irmãos que sofrem.

Um mau exemplo do Rio Grande do Norte...

O desabastecimento de insumos levou um médico a terminar uma cirurgia torácica com fio de nylon no maior hospital público do Rio Grande do Norte. A cirurgia foi há duas semanas e foi gravada em vídeo pelo cirurgião Jeancarlo Cavalcanti, que também é presidente do Conselho Regional de Medicina do estado. No vídeo, ele reclama da falta de fio de aço. "Fio de aço? Como é que eu vou fechar aqui, ó? O tórax está aberto aqui, ó, tenho que fechar isso aqui com fio de aço. Eu não tenho fio de aço para fechar isso aqui. Como é que eu vou fechar este paciente? Não tem como eu fecharNo Walfredo Gurgel não tem fio de aço. O paciente está aberto e eu não tenho como fechar. De quem é a culpa disso? Fio de aço custa muito barato", diz o médico no vídeo. O paciente que levou uma facada no peito foi operado às pressas no hospital Walfredo Gurgel. "Resolvi gravar para mostrar à população a nossa realidade", disse o médico à equipe de reportagem da Inter TV Cabugi. No hospital Walfredo Gurgel são atendidos por dia em média 400 pacientes. É o maior pronto socorro do estado. Duas semanas depois da cirurgia, segundo os funcionários da farmácia do hospital, continua faltando fio de aço na unidade hospitalar. O mesmo ocorre com antibiótico e remédios para pressão alta. A diretora do hospital, Fátima Pereira, nega e diz que já tem o fio de aço. "No dia seguinte nós adquirimos o material". Sobre o desabastecimento de outros itens da farmácia, o secretário de saúde do RN, Isaú Gerino, disse que foi provocado pelo fechamento de alguns laboratórios para férias coletivas. "Acredito que no máximo em 15 dias isso será resolvido".

                                          Vejam o vídeo da reclamação durante a operação...



Foi lançado recentemente (outubro/2012) mais um artigo arqueológico de minha autoria intitulado "Havia cúpules no caminho: algumas considerações sobre as marcas cupulares nas gravuras rupestres no Rio Grande do Norte e Paraíba (Ingá)" pela Revista Tarairiu eletrônica da UEPB. Embora pouca gente em Baraúna tenha conhecimento disso, mas já possuo 09 artigos publicados em revistas nacionais e congressos internacionais com temáticas arqueológicas.  Quem quiser dar uma olhada nos artigos acadêmicos da revista e no artigo mais recente que escrevi basta clicar no endereço a seguir:  Rev. Tarairiú Nº05

Maguila...com mal de Alzheimer...
Considerado um dos maiores boxeadores brasileiros de todos os tempos, Adilson “Maguila” Rodrigues está internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, em decorrência do Alzheimer. O ex-lutador de 54 anos foi diagnosticado com a doença em 2009. Maguila será reavaliado pela equipe médica na próxima segunda-feira e poderá até receber alta da ala psiquiátrica se melhorar. Além da perda de memória, o sergipano também apresentava uma agressividade cada vez maior. Maguila é um dos grandes pesos pesados do boxe nacional. Ele chegou a realizar duelos contra as lendas Evander Holyfield e George Foreman no fim dos anos 80 e começo dos anos 90, mas acabou nocauteado por ambos no segundo round.  Depois de se aposentar do boxe em 2000, Maguila chegou a lançar um álbum de samba chamado “Vida de Campeão”, mas o disco não fez grande sucesso.

O QUE É O MAL DE ALZHEIMER

Enquanto na linguagem popular a palavra demência tem a conotação de loucura, em medicina é usada com o significado de declínio adquirido, persistente, em múltiplos domínios das funções cognitivas e não cognitivas. O declínio das funções cognitivas é caracterizado pela dificuldade progressiva em reter memórias recentes, adquirir novos conhecimentos, fazer cálculos numéricos e julgamentos de valor, manter-se alerta, expressar-se na linguagem adequada, manter a motivação e outras capacidades superiores.Perder funções não cognitivas significa apresentar distúrbios de comportamento que vão da apatia ao isolamento e à agressividade. Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida.

Fatores de risco

* Idade

Embora existam casos esporádicos em pessoas de 50 anos e a prevalência na faixa etária de 60 a 65 anos esteja abaixo de 1%, a partir dos 65 anos ela praticamente duplica a cada cinco anos. Depois dos 85 anos de idade, atinge 30 a 40% da população.

* História familiar

O risco é mais alto em pessoas que têm história familiar de Alzheimer ou outras demências. Estudo conduzido na Suécia entre 65 pares de irmãos gêmeos mostrou que quando um deles apresentava Alzheimer, o irmão gêmeo idêntico era atingido pela doença em 67% dos casos; o gêmeo diferente, em 22%.
* Sexo
Parece haver pequeno predomínio da doença entre as mulheres. Para quem chegou aos 65 anos, o risco futuro de surgir Alzheimer é de 12% a 19% no sexo feminino; e de 6% a 10% nos homens.
* Trauma craniano
Boxeadores e pessoas que sofreram traumas cranianos parecem mais sujeitos à enfermidade, embora nem todos os estudos comprovem essa relação.

SINTOMAS DA DOENÇA

A doença se instala de forma insidiosa, com queixas de dificuldade de memorização e desinteresse pelos acontecimentos diários, sintomas geralmente menosprezados pelo paciente e familiares. Inicialmente é comprometida a memória de trabalho, memória de curta duração que nos permite exercer a rotina diária. Os pacientes esquecem onde deixaram as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido. Com o tempo, a pessoa larga as tarefas pela metade, esquece o que foi fazer no quarto, deixa o fogão aceso, abre o chuveiro e sai do banheiro, perde-se no caminho de volta para casa.
Caracteristicamente, esses “esquecimentos” se agravam quando o paciente é obrigado a executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. A perda de memória é progressiva e obedece a um gradiente temporal, segundo o qual a incapacidade para lembrar fatos recentes, contrasta com a facilidade para recordar o passado.As primeiras habilidades perdidas são as mais complexas: manejo das finanças, planejamento de viagens, preparo de refeições. A capacidade de executar atividades mais básicas como vestir-se, cuidar da higiene ou alimentar-se, é perdida mais tardiamente.Com o tempo a dificuldade de aprendizado se acentua. Quando colocamos o paciente diante de uma lista de palavras e pedimos que as evoque ao terminar de memorizá-las, o desempenho é medíocre.

A linguagem, comprometida discretamente no início do quadro, torna-se vazia, desprovida de significado, embora a fluência possa ser mantida. A orientação espaço-visual se deteriora, criando dificuldade de orientação e de reconhecimento de lugares anteriormente bem conhecidos.O quadro degenerativo se estende às funções motoras. Andar, subir escadas, vestir-se, executar um gesto sob comando, tornam-se atividades de execução cada vez mais problemática.A percepção das próprias deficiências, preservada no início, fica gradualmente comprometida. Na fase avançada, mutismo, desorientação espacial, incapacidade de reconhecer faces, de controlar esfíncteres, de realizar as tarefas de rotina, pela alteração do ciclo sono/vigília e pela dependência total de terceiros são sintomas característicos da doença. Dos primeiros sintomas ao óbito a sobrevida média é de 6 a 9 anos.

A história de uma música...

A música Camila, Camila (da banda de música gaúcha Nenhum de Nós) é uma forte crítica social contra os maus tratos sofrido por mulheres, a música intriga por seus elementos "soltos" , o que da margem para varias outras interpretações que foi o que Thedy Corrêa, vocalista da banda, disse em entrevista para Dormindo com o inimigo, reportagem da revista MTV que foi premiada na 1° edição do concurso Tim Lopes para projetos de investigação jornalística , em 2002.
"A música Camila, Camila veio de uma história real de uma menina que a gente conhecia na época (1985). Ela estava passando por uma situação de abuso e violência com o namorado. Acho importante num país como o Brasil fazer músicas desse tipo. Aqui é mais confortável fazer letras que estimulem o sexismo ou utilizem violência como ingrediente. Na real, acho que ninguém fala de abuso porque não vende. A questão está no que cada um acredita e quer"

Camila Camila -  Nenhum de Nós

Depois da última noite de festa
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação

Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora

Camila
Camila, Camila

Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

A lembrança do silêncio
Daquelas tardes, daquelas tardes
Da vergonha do espelho
Naquelas marcas, naquelas marcas

Havia algo de insano
Naqueles olhos, olhos insanos
Os olhos que passavam o dia
A me vigiar, a me vigiar

Camila
Camila, Camila

E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer

                                              CAMILA, CAMILA - NENHUM DE NÓS


O QUE É SER MATUTO?

Corre um boato aqui donde eu moro
Que as mágoa que eu choro são mar ponteada.
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada.
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho a ração da estrada.
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida marvada.

É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano.
É que a viola fala alto no meu peito, mano,
E toda mágoa é um mistério fora desse plano.
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver:
Chega lá em casa pruma visitinha,
Que no verso e no reverso da vida inteirinha,
Há de encontrar-me num cateretê

Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada.
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida marvada.
Cumpadi meu que inveieceu cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz.
Por isso eu vagueio ponteando
E assim procurando minha flor-de-lis.
                                           
                                       VIDA MARVADA - ROLANDO BOLDRIM


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