Quais os caminhos de uma vitória oposicionista?....parte 02

Na análise feita ontem foi possível observar o interesse que despertou nos leitores desse blog de quinta categoria. O assunto é palpitante e reflete interesses partidários e pessoais diversos. No entanto, minha análise foi baseada no momento atual (hoje) e pode mudar totalmente daqui há seis meses como frisei, até porque a política é dinâmica e muda de acordo com ventos. 

Alguns  mencionaram a questão de grupo e concordo plenamente.Chegar a vitória apoiado por um grupo consistente é bem mais adequado e plausível, mas nem sempre isso acontece. Vejam o caso de Iberê na campanha passada de governador. Iberê tinha um grupo com mais de 100 prefeitos lhe apoiando, além da própria governadora, de boa parte dos deputados, da máquina administrativa e de milhões de reais investidos na campanha eleitoral. Nada disso adiantou. Perdeu no primeiro turno para Rosalba. Mas onde Iberê errou? em nada. O erro aconteceu na formação da chapa situacionista onde Wilma optou pelo ego pessoal e renegou o presidente da assembléia legislativa, o então deputado estadual Robinson Farias (que estava em melhor situação eleitoral nas pesquisas) ao limbo. Robinson foi para a oposição, ajudou substancialmente na vitória oposicionista de Rosalba e hoje é o vice-governador do RN. Portanto, ter grupo é importante, mas também precisa ter bons nomes do agrado popular para encabeçar a chapa. Da mesma forma é loucura querer se aventurar em campanhas isoladas e sem grupo nenhum. É um passo para a derrota, até chegar depois ao ridículo.

Lembrem bem que na minha análise de ontem citei o exemplo do advogado Fábio Moura como um bom nome para compor a chapa majoritária como vice por questões meramente técnicas. Ele é filiado ao DEM (partido de oposição) e realmente aparece bem nas pesquisas eleitorais efetuadas por qualquer grupo político em Baraúna. Se provocou ciumeiras, me desculpem, mas estou falando de um quadro real hoje, amanhã pode ser outro como já frisei. Agora se ele ou o DEM pensa de outra forma já é outro detalhe, agora desafio qualquer um dos analistas de plantão a fazer uma pesquisa de intenções de votos em Baraúna para ver que o quadro permanece esse que mencionei. Quem quiser ser candidato e participar da chapa, cresça nas pesquisas e se viabilize. O povo deve escolher a chapa, mas infelizmente os interesses pessoais falam mais alto e foi justamente por interesses pessoais colocados acima do coletivo que Wilma perdeu o governo e perdeu a eleição para o senado. Mas só que Wilma não perdeu sózinha, todo o seu grupo foi por água abaixo. Ninguém se engane: o PSDB agirá com inteligência, prudência e apoiará uma chapa oposicionista com pessoas de Baraúna e de consenso dos partidos aliados.

Se a oposição começar a colocar os interesses pessoais acima do coletivo e do real objetivo que é a vitória oposicionista da chapa majoritária, estará contribuindo para a vitória situacionista, que apesar de não ter um bom nome encabeçando a chapa, mas tem um grupo que lhe dá sustento e apoio. Auxiliado pelos egoísmos pessoais e pela própria divisão oposicionista, esse candidato passará a ter reais chances de vitória e não adiantará chorar o leite derramado depois.

O caminho da vitória passa pela formação de uma boa chapa oposicionista, que tenha respaldo popular baseado em pesquisas junto ao povo, auxiliado por um grupo de partidos aliados com uma boa chapa proporcional, um bom programa de governo com propostas exequíveis e utilização de estratégias de marketing adequadas na campanha eleitoral. Temos a faca e o queijo nas mãos para conseguir êxito, mas se não soubermos usar coletivamente, essa faca pode ficar cega e o queijo apodrecer.