"O porquê do fracionamento...."

Um amigo me indagou sobre minha convicção da fragmentação de cadeiras do legislativo nas próximas eleições de 2012. Ora, está óbvio e baseada em dois pilares do raciocícínio lògico. Vejamos:

em 2008 as perspectivas vigentes nas rodas de discussões políticas sobre as cadeiras do legislativo já era de supremacia da situação, esperada em 7 a 2. Esperava-se que o DEM elegesse pelo menos 01 e o PT também chegasse a eleger 01 candidato. Entretanto isso não aconteceu tendo em vista que o DEM saiu com um número mínimo de candidatos (não chegou a 08 candidatos que alcançaram um total de 997 votos, não atingindo portanto sequer o quociente partidário para eleger 01 vereador) e o PT, apesar de ter saído com um número maior de candidatos (mais de 10), atingiu somente 594 votos, ou seja, menos da metade necessária para se atingir o quociente partidário para eleger 01 vereador. Se a oposição representada por esse dois partidos na época tivesse se unido numa coligação para proporcional, teriam ultrapassado com folga o quociente partidário com 1.591 votos e eleito tranquilamente 01 vereador. Como lançaram candidatos individuais na majoritária, prejudicaram a chapa proporcional. A situação agiu de forma inteligente e compôs duas coligações PR/PMDB e mais outra com PC do B e PV em torno de 01 só candidato a prefeito.  Resumindo: goleada da situação que elegeu os 09 vereadores e reeleição do prefeito com mais de 5.000 votos de maioria.

Atualmente o quadro está muito diferente. Em primeiro lugar o PMDB hoje é oposição e sairá com um quadro próprio de mais de 12 candidatos a vereador. A oposição conta ainda com o PSDB com 17 pré-candidatos, o PT que deverá lançar mais de 10 candidatos,o PDT que deverá contar com 03 a 04 candidatos. Resta ainda o DEM e o PSC que deverão lançar candidatos a proporcional. Outro fator importante é que foram estruturados dois partidos na situação, PV e PMN, que não tem interesse em coligações, pois não "querem enfeitar boneca para os outros usar". Portanto, de certa forma, os votos passam a ser fracionados e suas sobras não servem para as coligações. Outro detalhe é que saíram vereadores da situação para a oposição, tais como Nerivan, Adjano, Ritinha e Marcos Churrasco, que juntos somaram quase 2.500 votos para o lado situacionista em 2008.

Penso que com esse fracionamento partidário e uma quantidade superior a 80 candidatos a vereador, dificilmente teremos candidatos com mais de 700 votos. E como cada partido, ao atingir 1.250 votos (que será possivelmente o quociente partidário em 2012) terá direito a colocar 01 vereador, o fracionamento vai permitir que diversos partidos ocupem lugares na câmara municipal. Daí a lógica, ou como diria os advogados, salvo melhor juízo.