Um simples lance no tabuleiro político pode inverter todo um jogo. Nos últimos dias os principais oponentes travaram uma luta incessante no intuito de convencer adversários a mudar de lado, ou seja, estratégias naturais da políticas e que fazem parte do cotidiano de quem deseja a vitória. A quebra de braço e a conjunção de forças partidárias exige que os candidatos majoritários apresentem dinamismo e saibam mexer bem as peças do tabuleiro a seu favor. Um erro pode ser fatal.
O situacionismo tentou convencer habilidosamente os representantes partidários do PSDB, PDT e PT a modificarem suas opiniões e não conseguiram êxito. Numa segunda diretriz voltada para o esvaziamento, começaram a caça as bruxas tentando fazer com promessas mil com que as lideranças que serão candidatos na chapa proporcional desistissem de suas candidaturas, numa opção pelo enfraquecimento muscular eleitoral de apoio periférico a chapa majoritária oposicionista. Milhares de motivos foram oferecidos como argumentos, mas até agora sem resultados concretos. Como último recurso optou-se por estancar a sangria tentando segurar o que já era seu. Ou seja, nada de novo no front e nenhuma novidade no cenário político que todo mundo já não soubesse.
Já a oposição obteve o apoio do vereador Edson Barbosa (PV) lhe oferecendo a vaga de vice e contando com o apoio de metade dos pré-candidatos da chapa proporcional. Essa jogada além de reforçar o potencial eleitoral da chapa majoritária agregando forças partidárias adicionais que estavam do outro lado do tabuleiro, enfraqueceu o reservatório eleitoral da chapa proporcional do situacionismo. Analisemos:
A situação dispõe hoje do PR com 10 candidatos que provavelmente deverá se aliar com o PSD para tentar salvar os mandatos de Divanise e Sirléia Lopes, totalizando 12 candidaturas. Por mais otimista que sejam as previsões em termos de potencial de votos de sues componentes, isso resultará num processo autofágico em que se engalfinharão os atuais vereadores eleitos que numa briga de foice no escuro onde ninguém é de ninguém e cada um lutará desesperadamente pela própria sobrevivência política (leia-se reeleição). Após o processo eleitoral entre mortos e feridos escaparão 04 vagas a serem preenchidas por essa coligação e olhe lá.
Já o PMN está num mato sem cachorro. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Tem 11 candidaturas e seu presidente Arimatéia sabe que se coligar com o PR na marra dará adeus definitivo aos seus sonhos de ser um dia vereador em Baraúna. Já definiu em reunião que o PMN sairá sozinho com seus companheiros e que ocuparão 01 vaga com certeza e talvez até 02 vagas dependendo do desempenho de seus candidatos, mas com um grau de incerteza mais infinito.
Na oposição poderá existir duas coligações ou até três. Por enquanto falarei somente da hipótese de duas coligações. Numa primeira coligação estarão PSDB, PT e PDT com 22 candidaturas na proporcional que brigarão por 02 vagas nesse jogo, podendo chegar com bastante otimismo a ocupar 03 cadeiras. Outra coligação a ser formada provavelmente será constituída por PMDB e PV também com 22 candidaturas que brigarão por 03 vagas, podendo chegar a ocupar 04 cadeiras (dependendo do desempenho do grupo e da chapa majoritária por tabela).Em suma com essa virada de jogo em termos eleitorais, a oposição parte na frente e o placar na proporcional poderá ser 6 x 5 pró-oposição, e até mais, a depender das surpresas que virão nos próximos dias.
Alguns erros elementares foram cometidos pelo situacionismo que levaram a essa situação. O principal deles foi abarrotar suas secretarias municipais com pessoas exógenas ao município, desprestigiando dessa forma as forças partidárias nativas.O PMN, por exemplo que secretaria tem? nenhuma. Vive resmungando pelos cantos e sobrevive às custas de cargos de segundo e terceiros escalão. O PV tinha somente uma secretaria totalmente esvaziada e sem poder de mando em nada. O PSD era virtual, um agregado tolerado e Divanise tinha que bater forte na mesa para conseguir alguma coisa para a zona norte.
Outro erro básico foi deixar tudo para o final como se as pessoas de Baraúna tivessem um cifrão na testa e poderiam "comprar" as suas consciências a torto e à direita. Aos poucos estão compreendendo que a coisa não é tão fácil assim. Alguns até se iludem com o canto da sereia, mas nessa reta final poucas pessoas quiseram ir a praia, entretanto esses poucos banhistas já eram esperados e não conseguiram causar impacto nenhum, pois, como diz o velho ditado "já eram de casa".
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