A política da inteligência....

Um dos fatores primordiais para a vitória em um processo eleitoral é a soma do conjunto de forças partidárias ampliando o leque em termos de potencial de votos, além de enfraquecer, de certa forma, o lado oposto.

Nesse sentido, a oposição durante vários meses tinha o DEM como primeira opção para compor a vaga de vice, tendo em vista o forte valor simbólico e tradicional que o partido construiu ao longo de várias eleições municipais. Entretanto, apesar dos insistentes convites e articulações nos bastidores para conseguir esse objetivo, o ex-prefeito José Araújo, mesmo sem ter hoje um grupo de apoio consistente e ter percalços jurídicos, se manteve irredutível em sua postulação de manter uma candidatura majoritária quixotesca e repudiar qualquer tipo de composição com o PMDB local. Uma posição que foi totalmente respeitada pelos membros da oposição formada pelos partidos PMDB,PSDB, PT e PDT. Mas não se poderia esperar indefinidamente. A política exige prazos que por vezes são fatais caso se arrastem sem conclusões ou sequer certeza de se atingir o objetivo.

Um segunda opção partidária para a vaga de vice na composição da chapa majoritária da oposição, por uma questão de poder logístico eleitoral caberia naturalmente ao PSDB que tem em seus quadros os nomes de Claudembergh Emídio (Berguinho) e Célia Bezerra como opções disponíveis. Qualquer um dos dois nomes citados caberia perfeitamente na formação da chapa em busca da vitória desejada. Inclusive fomos procurados por amigos comuns e dirigentes partidários do situacionismo que queriam a inclusão do nome de Célia Bezerra como vice na chapa da situação. Agradecemos a lembrança honrosa do nome de minha esposa, principalmente aos esforços de minha cunhada Núbia Bezerra, do atual e competente secretário da educação Marcos Antonio e do amigo Edebégno em tentar nos convencer. Ter um nome na chapa de vice com apoio de uma prefeitura e de todo um grupo naturalmente cativaria e seria uma tentação para qualquer político oportunista ou mesmo sem ser. Não se gastaria nada, promessas de espaços numa futura administração, apoio logístico para todo o grupo do PSDB. Mas tenho como determinação as diretrizes da ética e do compromisso com todo o nosso grupo partidário cuja grande maioria não aceita tal composição. Não posso ficar contra todo um grupo numa posição isolada e nem tampouco mudar todo um discurso oposicionista calcado há vários meses discordando do atual modelo de administração que não priorizou a área social. Seria uma total incoerência política. Se eu pensasse somente em mim ou nos benefícios que poderia ganhar conforme age alguns políticos em Baraúna, a proposta seria irrecusável e aceita imediatamente. Posso até estar errado e me arrepender depois, mas prefiro dormir todas as noites com minha consciência tranquila de que não traí meus companheiros e que honrei com o discurso que possibilitou formar um grupo consistente de candidatos a vereador. As reflexões sobre os nossos objetivos, conforme discutido em várias reuniões mensais que realizamos, passam pela vitória da chapa majoritária e pela eleição de vagas de companheiros pessedebistas no legislativo.

Com a indicação de um companheiro nosso para a vaga de vice na oposição poderíamos conseguir certamente essa vitória, mas se cedermos essa vaga para um partido da base situacionista, essa possibilidade de vitória se torna mais concreta ainda, tanto pelo fortalecimento do grupo oposicionista com a entrada na luta de novos companheiros, como por tabela, por um enfraquecimento eleitoral do situacionismo. Após conversas entre os presidentes partidários do PMDB, PDT, PT e PSDB, teve início um processo de negociação política com o presidente do PV, vereador Edson Barbosa, que se mostrou receptivo a proposta. Aceitou a indicação de ser o vice na chapa majoritária encabeçada pelo PMDB, vindo com ele boa parte dos companheiros verdes. No bojo desse acordo, foi acertado que os demais companheiros do PV candidatos ao poder legislativo que por acaso não quisessem adotar essa nova postura partidária não seriam prejudicados em termos de legenda, tendo assim mais tempo para refletir sobre o novo cenário político e posteriormente, também,  vir a somar com o projeto oposicionista.

Na negociação política com os dirigentes partidários do PMDB que ensejou esse acordo, foi discutida também as diretrizes e estratégias de apoio logístíco aos companheiros do PSDB, PT e PDT para que consigam atingir os seus objetivos rumo ao poder legislativo e que serão discutidos internamente em momento oportuno. Quanto aos valorosos companheiros Claudembergh Emídio (a quem agradeço ao apoio concedido ao PSDB até o momento e desejo votos de saúde ao seu filho e a sua família) e Célia Bezerra serão também contemplados nesse novo projeto oposicionista onde conversaremos em momento oportuno.

O vereador Edson Barbosa teve uma atuação de destaque como vereador municipal baraunense sendo o edil que colocou mais projetos de leis e requerimentos em prol do município baraunense, além de ter  encabeçado vários fóruns, entre os quais, as discussões sobre a estrada do Cajueiro, segurança pública e educação, entre alguns deles. É uma pessoa dinâmica que mexe com vários projetos culturais envolvendo prefeituras municipais desde atividades carnavalescas, shows e realização de quadrilhas de São João. Possui também um currículo de trabalho profissional voltado para marketing politico e para o jornalismo.
Com a vinda de companheiros do PV para reforçar as hostes da oposição naturalmente que a pujança eleitoral aumenta na oposição, além de fortalecer também o quociente partidário dos pré-candidatos da chapa proporcional tendo em vista a saída da disputa de 01 vereador da base situacionista, além da possível escolha de outro vereador da situação para ser escolhido como vice do pré-candidato do grupo dirigente da prefeitura municipal. Com a desistência de vários pré-candidatos do PMN, além da ausência de coligações entre o PMN e PR, o quadro tende a ficar preocupante para a situação em termos de chapa proporcional.