Uma breve reflexão..

Confesso amigo Wilson que estou pasmo perante sua avaliação. Em primeiro lugar não podemos comentar pesquisas em cima do fulano A falou ou fulano B disse, até porque naturalmente todos tendem a puxar a "sardinha" para o seu lado. Como voce mesmo afirmou que..."só podemos analisar pesquisa se o contrato for num pacote de mínimo 10 e estas têm que ser feitas por um mesmo instituto e a mesma metodologia, quantos mais formulários forem distribuídos melhor, uma pesquisa com 500 formulários mostra mais a verdade do que uma de 100".... ora prezado amigo como vamos dissecar tal pesquisa em cima de possíveis índices "comentados" de versões anteriores, se essa pesquisa como voce mesmo afirmou foi a primeira efetivamente que voce viu.

Como voce pode afirmar que Luciana "caiu" tantos pontos?  como voce pode afirmar que o pré-candidato dos ricos de Mossoró não sobe? Como voce pode afirmar que outros candidatos estão estáticos?

 Ora o fato de voce vincular esse imobilismo dos pré-candidatos na tábua eleitoral aos contatos com o ex-prefeito Gilson Professor realmente foge a qualquer nível mínimo de entendimento. Então jamais podemos avaliar um quadro ou cenário eleitoral a partir de uma primeira pesquisa (que reflete tão somente uma fotografia do momento) como voce mesmo afirmou, ou seja, só poderemos perceber variações ou tendências a partir de uma série de pesquisas de intenções de votos usando uma mesma metodologia, uma mesma quantidade de formulários, além da definição das áreas a serem trabalhadas. Diante dessa perspectiva eu prefiro não opinar sobre tal pesquisa, pois há até quem comente que foi forjada e alterada propositalmente (e olhe que esses comentários partem tanto da oposição como da situação).

Outra coisa: a política é uma paixão, ou seja, assim como no futebol ou no amor, não possui regras pré-estabelecidas que devem ser seguidas incondicionalmente pelos usuários. Quem torce por um determinado time não encontra explicação plausível e por mais que voce tente convencê-lo a mudar de time não conseguirá. O mesmo ocorre com o amor e a política. Existe diversos motivos para se votar em A ou B, mas isso é uma coisa que deve ser dada ao cidadão, ou seja, o seu livre arbítrio de escolher quem ele quer para votar. Não adianta nós tentarmos dizer que fulano é bonzinho, é certinho e que ele é o melhor. Isso deriva de uma opinião pessoal sua, mas necessariamente não obriga as demais pessoas a pensarem assim porque entra em cena diversos outros fatores em questão, tais como carisma, simpatia, favores recebidos, interesses próprios, visões de futuro, conscientização..etc.

Ninguém que votou em Rosalba, por exemplo, pensou na rejeição que possui seu marido Carlos Augusto; Ninguém que votou em Dilma Roussef, por exemplo, percebeu que Serra tinha uma vasta experiência administrativa (que teoricamente seria o melhor para o Brasil). O voto é livre e soberano e não podemos jamais condenar o povo por ter escolhido A ou B para governá-lo pois isso faz parte do jogo. O povo tem o direito de errar e de acertar, mas quem cria os conceitos do que é certo ou errado somos nós, de forma individual ou coletiva. Mas até isso é relativo pois o que é certo para mim hoje pode não ser amanhã e vice-versa.

Por isso que a proposta do PSDB, enquanto oposição, é a de usar a inteligência aliada com a vontade do povo. Teremos que nos unir com o melhor nome da oposição em termos de potencial de votos expressos nas pesquisas eleitorais, que hoje gira em torno do nome de Luciana Oliveira do PMDB. Eu tenho o comando de uma partido e não posso antecipar as coisas e trabalhar em cima de possíveis cenários desejados por A ou B. Veja bem que voce mesmo, por exemplo, foi um que dizia aos quatro ventos que o controle do PMDB iria para o pré-candidato dos ricos e colocou inúmeras postagens reforçando esse argumento baseado nas eleições de 2010. Mas aconteceu o contrário.

Portanto prezado amigo prudência e cautela nunca fizeram mal a ninguém. Não se engane que teremos uma campanha árdua e difícil onde as jogadas no tabuleiro político devem ser feitas com muito cuidado sem nos deixarmos levar por emoções momentâneas e nem por desejos pessoais. Mas é bom que esse debate aconteça e queremos tê-lo como aliado pela importância de sua inteligência e pela sua dedicação para tentar resolver os problemas baraunenses, mesmo sem mandato.