Distorcer uma realidade....

Percebemos aos poucos uma manobra situacionista, muuto bem arquitetada por sinal, de tentar confundir a oposição e causar danos a uma pré-candidatura majoritária de oposição que está na boca do povo e dela não quer sair. Não adianta tentar lutar contra a correnteza do rio ou contra a vontade do povo. O povo é soberano e é ele quem decide.

Apontar defeitos pessoais ou tentar argumentar que fulano é isso ou aquilo é relativo ante a ótica do eleitor. Lembramos bem amigo Wilson Cabral que voce defendia a candidatura de Iberê com unhas e dentes em 2010 apontando todas as virtudes de Iberê e todos os defeitos de Rosalba, apostando em "viradas eleitorais" que nunca aconteceram. Rosalba ganhou no primeiro turno (mesmo com todos os investimentos milionários e com a utilização de toda a máquina administrativa do Estado por Iberê), talvez não porque ela fosse a melhor, mas porque a maioria do povo potiguar quís. Isso é a democracia, onde o povo tem o direito de acertar e de errar também, mas principalmente tem a oportunidade de corrigir futuramente.

No caso específico de Baraúna nós devemos deixar também que o povo decida e nunca querer impor o nome de A ou B. Vejam o exemplo do fiasco de 2008 quando a oposição ficou dividida e terminou levando uma maioria de mais de 5.000 votos. A composição ideal de uma chapa oposicionista deve passar pela vontade do povo: quem estiver em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos sai na cabeça e quem estiver em segundo lugar sai como vice. Isso é uma questão de lógica e de matemática. Somando, se agrega e parte em direção a uma vitória.

Agora o que não podemos individualmente é nos arvorarmos a juízes e dizer que A ou B não é um bom candidato ou candidata ao cargo de prefeito tentando modificar a vontade do povo, até porque esses conceitos de impressões pessoais são relativos. Hoje voce tem uma opinião sobre uma determinada pessoa, amanhã já pode ter outra.

Se a pessoa de Luciana Oliveira hoje possui os melhores índices de pesquisas de intenções de votos dados pelo povo não é a toa. Foi uma conquista de anos e anos de trabalho e que ficaram plantados na memória do povo baraunense. Se ela, em caso de vitória, vai ser ou não uma boa administradora é uma etapa que deve ser creditada ao futuro. Não temos bola de cristal para prever. Lembro bem que antes de Lula assumir a presidência, a maioria dos experts de plantão dizia que sua administração seria um desastre para o Brasil. Todos quebraram a cara. 

Se o pré-candidato do situacionismo é bom ou não é; se a pré-candidata do PMDB Luciana Oliveira é boa ou não é; se outro candidato é bom ou não é, são aspectos que são discutidos pela política local, mas que devem passar pelo crivo da maioria dos eleitores que decidirão quem deve governar Baraúna a partir de 2013. Quando o governismo torce por uma possível inviabilidade jurídica de Luciana Oliveira é fruto de um temor declarado e assumido de todo um grupo politico da incompetência eleitoral em derrotá-la pela via das urnas. Mas quando alguns poucos companheiros da oposição torcem por essa inviabilidade é fruto do egoísmo pessoal em tentar ser candidato a qualquer custo independentemente da vontade do povo.

Já mencionei aqui o risco de uma tomada de ação jurídica desse porte contra Luciana Oliveira. O caso do Pará foi único no Brasil e os autores da ação entraram no prazo correto estabelecido pela lei e mesmo assim a decisão foi somente em primeira instância. Se der errado e a justiça confirmar a candidatura de Luciana Oliveira, a eleição está concretizada em torno da vitimização da pré-candidata; se der certo, a rejeição a pré-candidatura situacionista imposta pelo prefeito de direito tende a aumentar ainda mais. Quem diz atualmente que vota em Luciana é porque não quer votar no pré-candidato do situacionismo.

Quem quiser ser candidato, se viabilize e atinja índices competitivos de intenções de votos dados pelo povo. Ele é nosso juiz. Ele tira e bota, e se engana quem acha que o povo é burro e não sabe o que está se passando.