domingo, 11 de dezembro de 2011

Biografias.....

Estaremos a partir de hoje estreando uma nova forma postagem nesse blog incluindo biografias de pessoas conhecidas tanto a nível internacional, Brasil, Potiguar e municipal. É uma forma de homenagear e rever a história de pessoas que são ou foram exemplos de vida nas diversas áreas que atuaram.

ATAULFO ALVES

Compositor e cantor mineiro (2/5/1909-20/4/1969). Autor de sambas antológicos, entre eles Ai Que Saudades da Amélia. Ataulfo Alves de Sousa nasce em Miraí e aos 18 anos muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa a carreira musical em um conjunto para animar festas. Em 1929 torna-se diretor de harmonia do bloco Fale Quem Quiser. 


Quatro anos depois a cantora Carmen Miranda grava seu samba Tempo Perdido, que não faz sucesso. Só em 1935 acontece seu primeiro êxito, com Saudade do Meu Barracão, gravado por Floriano Belham, seguido por Menina Que Pinta o Sete, interpretado pelo Bando da Lua. O cantor Sílvio Caldas grava, em 1936, Saudade Dela. O próprio Ataulfo grava Ai Que Saudades da Amélia, música sua com letra de Mário Lago, que faz o maior sucesso no Carnaval de 1942. 
A dobradinha com Lago repete-se em outro sucesso, Atire a Primeira Pedra, de 1944. Continua a interpretar suas músicas, agora no grupo Ataulfo Alves e suas Pastoras. Em 1961 participa de uma caravana de divulgação da MPB pela Europa. Sua musicografia ultrapassa 320 canções.
Passa a apresentar-se sozinho e, em 1966, é o representante brasileiro no I Festival de Arte Negra, em Dacar, Senegal. É autor também da música "laranja madura". Faleceu em decorrência do agravamento de uma úlcera, após uma intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro, poucos dias antes de completar 60 anos de idade. Era chamado - no meio artístico - de "garnizé", provavelmente por ter estatura baixa. Garnizé é uma espécie de galo de menor porte.

EDER JOFRE

Éder Zumbano Jofre (São Paulo, 26 de março de 1936) é um ex-pugilista brasileiro. Lutava sob as cores do São Paulo Futebol Clube. É considerado por especialistas como o maior nome do boxe brasileiro em todos os tempos. Ficou conhecido também pelo apelido "Galinho de Ouro".
Éder nasceu no bairro paulistano do Peruche, em uma família de boxeadores. Seu pai, o argentino José Aristides Jofre, mais conhecido como "Kid Jofre" (1907 - 1974), já havia sido um respeitável pugilista, passando assim os ensinamentos para Éder, que logo aprendeu a "amar a nobre arte".Entra pela primeira vez em um ringue aos 4 anos, para fazer uma exibição com a irmã na abertura de uma luta. Estuda até o ginásio e ingressa no curso técnico de edificações, desistindo em seguida. 
Trabalha como chaveiro em um estabelecimento da família e como desenhista em um escritório de decoração. Em 1953, Éder Jofre subia pela primeira vez nos ringues como amador, no torneio "Forja de Campeões", patrocinado pelo jornal A Gazeta Esportiva. Ainda na condição de amador ele disputou os jogos olimpicos de 1956 em Melbourne
Chegou aos jogos como um dos favoritos, já que estava invicto como amador até então, mas devido a aberração da organização brasileira que o fez treinar com um lutador bem maior, e que teve como consequência a quebra de seu nariz, fez com que ele lutasse sem muitas condições, tendo que respirar pela boca, culminando na derrota em sua segunda luta na competição.

Profissionalmente começou em 1957 na categoria "peso galo". No ano seguinte já era campeão brasileiro em sua categoria.Em 1960, aos 24, ganha o título mundial da categoria peso-galo ao vencer o mexicano Eloy Sanches, em Los Angeles, nos Estados Unidos.  No mesmo ano já era campeão mundial. Éder conseguiu manter o seu título mundial até 1965, quando em um resultado contestado foi derrotado pelo japonês "Fighting" Harada. Em 1966, na revanche, outra derrota de Éder de novo em um resultado controverso, culminando na desilusão de Éder, que abandonou o boxe.
Mas quando ninguém esperava, em em 1969 Éder voltou aos ringues, lutando na categoria "peso pena". Foram 25 vitórias, sendo uma delas em cima do gigante cubano José Legra que lhe valeu o título mundial em uma categoria superior a que ele começou; isso aconteceu em 1973. Em 1976, devido a morte dos pais e irmãos, Éder abandonou o boxe, agora de forma definitiva.


Mesmo depois de abandonar o boxe profissional, Éder continuou a lutar em forma de exibição. Tornou-se também um político, ao ser eleito vereador de São Paulo em 1988 e 1992. Atualmente, Éder dá aulas de boxe em uma academia de classe média-alta de São Paulo, treinando modelos, atores, empresários, etc.. Éder Jofre é vegetariano desde 1956, conforme declarado no documentário A Carne é Fraca, produzido pelo Instituto Nina Rosa.

JOÃO DO PULO
Atleta paulista (28/5/1954-29/5/1999). Recordista mundial de salto triplo, João Carlos de Oliveira nasce em Pindamonhangaba, em família pobre. Em 1969 entra para o Exército e segue carreira por 14 anos. Começa a treinar aos 17 anos, idade considerada avançada para um atleta.
Em 1973 é campeão paulista e do Troféu Brasil, e ainda medalha de ouro no Sul-Americano Juvenil, em Assunção (Paraguai). Treina no São Paulo Futebol Clube e no Pinheiros. É o primeiro atleta negro a competir por esse clube. 

 Em 1975, já na categoria adulto, bate o recorde mundial de salto triplo nos Jogos Pan-Americanos do México, com a marca de 17,89 metros, feito só superado dez anos depois pelo norte-americano Willie Banks. Ganha medalha de bronze nas Olimpíadas de Montreal (Canadá, 1976). Em 1980, nas Olimpíadas de Moscou novamente favorito a vencer o salto triplo, novamente ficou com a medalha de bronze, superado respectivamente pelos soviéticos Jaak Uudmae e Viktor Saneyev. Os fiscais anularam 9 de suas 11 tentativas, fato que causou muitas especulações até os dias de hoje. Em dezembro de 1981, no auge da carreira, sofre um acidente de carro, na via Anhangüera, entre São Paulo e Campinas, e tem de amputar a perna direita 10 centímetros abaixo do joelho. 
Em 1986 elege-se deputado estadual pelo Partido da Frente Liberal (PFL). Reelege-se em 1990, fracassando em outras tentativas. Não obteve sucesso em seus negócios, uma transportadora e uma padaria. Sofre crises de depressão. Em abril de 1999 é internado com cirrose hepática e hepatite B e C. Morre aos 45 anos em São Paulo. 

Seu recorde mundial somente foi batido quase dez anos depois pelo americano Willie Banks com 17,90 m em Indianápolis em 16 de junho de 1985. Seu recorde brasileiro e sul-americano só foi batido vinte e dois anos depois por Jardel Gregório, com 17,90 m, em Belém no dia 20 de maio de 2007.


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