Na questão política existe um fator que ninguém menciona abertamente, pelo contrário, faz até questão de dizer que tem ojeriza, que seus objetivos são estritamente voluntários ou para "incentivar o progresso local", "fazer avançar o desenvolvimento municipal", e blá, e blá, e mais blá blá blá. Falsos discursos hipócritas e pseudo-moralistas que no fundo, ali bem embaixo dos lençóis, encontramos o verdadeiro e real objetivo: a busca da grana.
Em Baraúna percebemos isso em pessoas que rasgaram sua própria biografia de lutas e conquistas sociais junto ao professorado, por exemplo, e se renderam ao fascínio das migalhas oferecidas, ocupando cargo subalterno muito abaixo da capacidade que presumíamos de tal pessoa. Profundamente lastimável e nada paga a decepção que é produzida junto aos antigos colegas de questionamentos, que passam a vê-lo calado, submisso, desconfiado e olhando para os lados, defendendo tímidamente a nova situação. São exemplos dessa natureza que nos ensinam: não julgue as pessoas pelas palavras que pronunciam e sim pelas atitudes que toma.
Quantas vezes vemos pessoas discordarem, fazerem discursos inflamados, bradarem aos quatro cantos que jamais votará em tal pessoa, assinar ações judiciais, se retirar do local somente pela simples presença da pessoa detestada, e de repente, faz-se a luz, acaba-se a cegueira, muda-se o discurso e a postura, e de tapas e palavrões, passa-se aos beijos e as palavras elogiosas. Talvez confiando que a s pessoas esquecem e que o povo tem memória curta: nem sempre isso acontece e a história baraunense já nos deu vários exemplos.
Esse é o poder do dinheiro que cega as pessoas e fazem com que troquem de lado como quem troca de roupa; que troca de postura com viés sindical para o viés pelego, daí a inoperância do sindicato pelego dos funcionários públicos municipais em conseguir melhorias salariais para os seus associados. Quem é o culpado é o presidente eleito? não, os verdadeiros culpados são aqueles que votam no candidato indicado pelo prefeito em troca de umas horinhas a mais no contracheque ou a pedido de amigos beneficiados. Preço: devem aguentar tudo calado sem dar um pio, porque foram "comprados" para isso.
O poder do dinheiro é forte? é, mas não compra tudo e nem todos. Daí existir um fator chamado oposição. Alguns caem na tentação e depois se arrependem e voltam. Outros ficam feito iôiô, indo e voltando constantemente. Outro não vão em hipótese alguma. O povo baraunense no fundo sabe quem é quem e qual o lugar e a postura de cada um.
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