quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sobre Golias e David....

Estamos percebendo uma mudança de postura bastante salutar em Baraúna referente a escolha dos partidos atinente a uma briga por cadeiras no poder legislativo.
Em tempos de outrora, os pré-candidatos brigavam por uma vaga incialmente em um partido tido como grande (leia-se PMDB ou DEM), e por vezes, alguns desses pretendentes acabavam "sobrando" na disputa justamente porque esse partidos acabavam preenchendoo quórun necessário para a peleja e naturalmente "alijavam" aqueles pretendentes com perspectivas eleitorais reduzidas ou com um desempenho presumivelmente fraco. São palavras bonitas para dizer que fulano ou sicrano não tem voto para disputar. E geralmente esses quase candidatos eram "convencidos" pelo prefeito ou pelo líder político partidário a apoiar alguém com um potencial presumivelmente mais forte em termos eleitorais.
Agora a coisa parece que está mudando de ares. Hoje ninguém quer ser mais "bucha" de ninguém e a simples perspectiva de vitória é o que interessa. Ou seja, o pensamento atual é a de que é melhor entrar em um partido tido como pequeno, mas que a soma de todos juntos permita eleger 01 ou 02 desses candidatos, mas que todos tenham igualmente a chance de abocanhar uma dessas vagas. Não é a toa que o PSDB, o PMN e o PV possuem essa filosofia e estão estruturando muito bem os seus quadros de pré-candidatos. O pensamento vigente é: "Não adianta trazer "peixe grande" para tirar o possível pão de minha boca".
Com isso, os partidos tidos como "grandes" atualmente como PMDB, DEM e PR estão tentando convencer e preencher seus quadros com os "peixes grandes", mas estão tendo dificuldades para encontrar as "buchas" para preencher o quociente partidário que será necessário para eleger 02 ou 03 componentes.
O que isso pode gerar? um processo autofágico nos partidos grandes onde os "peixes grandes" vão brigar entre si para não irem todos para o fundo do mar, onde somente alguns deles submergirão e empurrarão com os pés os concorrentes para o limbo político.
A tendência a continuar esse quadro será uma nova câmara composta por um variado número de partidos representantes, com pequenos e grandes convivendo em debates políticos. Perdem as forças oligárquicas e diminui o poder de fogo do ocupante do poder executivo (que será obrigado a negociar politicamente com vários partidos se quiser ter maioria na câmara). Ganha a democracia o que por si só, já é uma vitória dos "pequenos" sobre os "grandes.

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